Numa noite, o número de seguidores do Instagram subiu de 17 mil para quase meio milhão. “Pensei que tinha o telefone de outra pessoa quando acordei”, diz Kitty Spencer à “Harper's Bazaar”, enquanto é fotografada para uma produção da mesma revista — aquela que resultou na capa da edição digital, publicada esta terça-feira, 19 de março.

De sobrinha de princesa Diana passou a Kitty Spencer, um dos nomes em ascensão no mundo da moda. Tudo aconteceu num evento: o casamento real de Harry e Meghan Markle, em 2018. Com um vestido verde da Dolce & Gabbanna, com joias da Bulgari Heritage Collection, e mesmo entre personalidades femininas como Amal Clooney ou Victoria Beckam, chamou a atenção dos tabloides ingleses, que rapidamente começaram a fazer títulos como “Tudo o que precisa de saber sobre a sobrinha de Princesa Diana.”

No casamento real de Harry e Meghan Markle

Tem 28 anos, é filha de Charles, irmão de Diana, e prima de William e Harry, filhos de Diana. “Tive de desligar as notificações do meu telefone, porque ele ia morrer [avariar-se]”, disse na mesma entrevista, em relação ao número de seguidores que aumentou de um dia para o outro. “Será que ainda posso fazer um FaceTime ao meu gato e pôr nos Stories”, pergunta, a brincar, numa alusão ao facto de agora sentir que tem de fazer publicações nas redes sociais mais pensadas.

Vive em Londres e é agenciada pela Storm Management, a mesma agência de modelos que lançou a carreira de Kate Moss e Cara Delavingne. Segundo a “Harper's Bazaar”, estreou-se nas passerelles em 2017, num desfile Dolce & Gabbanna. Mas foi só depois do casamento real que começou a ter reconhecimento.

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E foi tudo muito rápido. Uma semana depois da união de Harry e Meghan, a Bulgari convidava-a para ser sua embaixadora, ao mesmo tempo que a vida nas passerelles se intensificava. À mesma revista explica que não tem parado de viajar. Já passou por Nova Iorque, Moscovo, Dubai, China, México, Austrália e Itália. Tudo para frequentar eventos e desfiles de moda. “Só passei três dias em casa, desde novembro”, conta, acrescentando que também esteve na África do Sul, país onde cresceu e onde se encontra a sua mãe e ex-modelo, Victoria Aitken.

É com muito entusiasmo que fala desta nova experiência. Conheceu Stevie Wonder nos bastidores do desfile da Dolce & Gabanna e diz que foi um dos “momentos mais fixes do ano passado [2018]”. Destaca ainda o momento em que deu por si, num desfile em que participava, rodeada pelas super modelos de referência: Carla Bruni, Monica Bellucci, Isabella Rossellini, Naome Cambell e ainda Helena Christensen.

“Estávamos todas no palco e eu estava lá atrás. Quando as cortinas abriram, iam apontar as luzes para nós e, nesse momento, era suposto estarmos todas em pose. Só que eu estava ocupada a admirar aquelas deusas. Só fiquei ali de pé a olhar para toda a gente. Esqueci-me completamente de fazer uma pose fotogénica ou fotografável.”

Para a produção fotográfica da 'Harper's Bazaar'

Kitty Spencer tinha apenas 6 anos quando Princesa Diana morreu. Mas têm sido várias as comparações: os cabelos loiros, sorrisos alegadamente parecidos, grandes olhos azuis. “Ter a Kitty aqui comigo na cadeira de maquilhagem faz-me voltar atrás no tempo”, diz à “Harper's Bazaar” Mary Greenwell, a maquilhadora que já trabalhou com Diana, Meghan Markle ou Pippa Middleton.

Quanto à sua formação, estudou psicologia, política e inglês na Universidade da Cidade do Cabo, antes de se mudar para Florença, em Itália, onde tirou um curso de história de arte e outro de italiano. Já a prever que iria entrar no mundo da moda, como relata à “Harper’s Bazaar”, fez ainda um mestrado em gestão de marcas de luxo na European Business School, na Regent Univesity, em Londres, Inglaterra.

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As questões relacionadas com a saúde mental e imagem corporal são importantes. Não esquece os casos que lhe são próximos: a tia sofria de bulimia e a mãe de anorexia. Por isso, faz por manter um estilo de vida saudável, sem grandes obsessões ou exageros. É adepta das modalidades de barra de chão e spinning e diz que o trabalho no mundo da moda será feito “nos seus próprios moldes”.

Ou seja: “Não acho que o meu trabalho seja ter de passar fome para caber numa roupa. Se eu concordo em fazer alguma coisa para uma marca ou o que quer que seja, cuido de mim, mas não sou obsessiva ou pouco saudável. Se uma marca quer trabalhar comigo, e se eu acho que os trabalhos deles ficam bem em mim, então eles podem dar-me o seu número.”

Sobre o universo da moda, sente-se feliz por o critério mais importante já não ser a cara ou corpo. “Acho que a palavra ‘modelo’ mudou. É tão bom que já não tenhamos de ser só uma cara — somos uma extensão da marca e elas querem saber dos nossos interesses filantropos e pelo facto de, talvez, termos outros talentos sobre os quais podemos falar.”

Não descarta a possibilidade de ter a sua própria coleção. “Talvez, mas isso ainda está abaixo da linha.”

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