Dois dias depois de a SIC ter dado entrada em tribunal do processo contra Cristina Ferreira, exigindo uma indemnização de 20 milhões de euros à apresentadora, surge uma nova polémica que pode fortalecer a posição do canal de Pinto Balsemão. Cristina Ferreira poderá ter discutido o formato do novo programa de Rúben Rua e Helena Coelho,"VivaVida", que estreia este sábado, 26, na TVI, quando ainda era funcionária da SIC. A confusão surgiu após uma revelação do apresentador e modelo, que confirmou que se reuniu com Cristina Ferreira na primeira semana de julho para discutir o formato do programa. Só que nessa altura, Cristina ainda estava na SIC, e só viria a conhecer-se a sua saída a 17 de julho.
Rúben Rua foi um dos convidados de "O Dia de Cristina", na quarta-feira, 23 de setembro, onde esteve na companhia de Helena Coelho, para apresentarem o novo programa "VivaVida".
No decorrer da conversa com Rúben Rua, Cristina Ferreira questionou-o sobre há quanto tempo é que este sabia que iria apresentar este novo programa, percebendo-se que as negociações já estavam em andamento antes da data de saída da apresentadora da SIC.
“Desde a primeira semana de julho”, respondeu, ignorando o facto de a apresentadora só ter deixado a SIC a 17 de julho, depois de confrontada com rumores sobre negociações com a estação de Queluz. “Nessa segunda-feira tinha uma mensagem tua que dizia: ‘Miúdo, reunião, 4a feira às 11h (trabalho)’”, acrescentou Rúben Rua, contando ainda que a reunião teria envolvido a presença de Helena Coelho.
Nessa mesma quarta-feira, Rúben Rua e Cristina Ferreira publicaram uma fotografia juntos nas redes sociais. Já Helena Coelho terá publicado um vídeo em que também revela que foi convidada para o programa em julho. A 10 desse mês, a blogger foi uma das convidadas para "O Programa da Cristina", na SIC. Com tudo isto, levantam-se as suspeitas: a nova accionista da TVI já estava a trabalhar com Queluz de Baixo antes de abandonar o canal de Daniel de Oliveira?
“Cristina Ferreira confirmou, em direto, estar a planear no início de julho um programa para um canal concorrente, mais de duas semanas antes de rescindir unilateralmente e sem fundamento o contrato com a SIC, onde era apresentadora, consultora da direção de programas e uma das figuras de proa da estação", reagiu a SIC ao jornal "Correio da Manhã". "Além de eticamente reprovável e um desrespeito para o público que a acompanhava na SIC, é seguramente uma gravíssima violação do contrato que a vinculava à estação”.
Ao mesmo jornal, fonte oficial disse ainda que estes são “elementos relevantes” no processo judicial em que o canal de Porto Salvo exige uma indemnização de 20 milhões de euros, e que foi entregue na quarta-feira, 23 de setembro.