Simone Morais Pinto, de 17 anos, teve a média mais alta do curso de Engenharia Aeroespacial do Porto, que abriu este ano na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP): 199,8 valores. Este foi o curso com a média de entrada mais alta em 2024, sendo que a do último dos 30 colocados é de 194,5 valores.

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Desde criança que Simone se interessa por ciências, por números e pelo espaço, mas foi no 3.º ciclo que percebeu que o seu caminho poderia passar pela engenharia aeroespacial. Em julho, altura de se candidatar à primeira fase do concurso de acesso ao ensino superior, pôs em primeira opção o curso em que entrou, Engenharia Mecânica no Porto em segundo lugar e Engenharia Aeroespacial no Instituto Superior Técnico de Lisboa em terceiro.

Com os 199 valores no exame de Matemática e os 200 no de Física e Química do Ensino Secundário – tornando-se assim a aluna com o melhor resultado do Colégio Luso-Francês do Porto, onde estudou –, Simone não estava preocupada. No sábado, 24 de agosto, soube que tinha entrado na primeira opção e, horas depois, quando saíram as colocações, descobriu que tinha a média mais alta do curso desta universidade e que tinha sido a primeira a entrar. “Fiquei muito feliz por ter entrado no curso, mas fiquei mais surpreendida por ter sido a primeira da lista”, disse numa entrevista ao "P3" do "Público".

Para os exames, Simone nunca precisou de ter explicações, mas estudava oito horas por dia. Contudo, garante que fazia outras coisas. “Estudava todos os dias, mas também tinha as minhas atividades ditas normais. Tinha aulas de equitação duas vezes por semana, lia, pintava, desenhava e tinha uma aula de alemão de três horas por semana. Tudo isto ajudou a que não estivesse tão stressada com os exames. Acho que se estivesse mais nervosa podiam ter corrido pior”, explicou.

Quanto ao futuro, a jovem pretende fazer mestrado e doutoramento, “talvez” na mesma área da licenciatura. Além disso, pretende fazer Erasmus, apesar de não saber o país e a universidade que mais lhe interessam. Ainda, se lhe surgir uma proposta de carreira no estrangeiro, Simone não irá recusar, já que gostava de fazer investigação e de trabalhar na NASA.