Em Portugal contabiliza-se já mais de um milhão de pessoas que seguem uma alimentação eminentemente vegetal, segundo o estudo "The Green Revolution", da Lantern, lançado no final de 2021, que se dedicou retratar a comunidade veggie em Portugal. Nem todos são vegetarianos (chamados flexitarianos ou veggies, que cresceram 33%) e nem é preciso ter esse rótulo para ir a um talho vegan.
Se nunca ouviu falar neste conceito, bem vindo aos talhos que têm hambúrgueres, rolos para levar ao forno, uma balança, facas quando são precisas e expositores como tantos outros, com a diferença de que não há cheiros pouco convidativos. Nos talhos vegan não entra carne, mas há cores vivas, como o vermelho vivo de um hambúrguer de beterraba.
Uma das marcas mais conhecidas, o CAPIM Talho Vegan, nasceu em 2020 e está agora a celebrar dois anos de sucesso após chegar à mesa de 5 mil portugueses que terão implementado durante a semana o "dia sem carne", aderiram ao Desafio Vegetariano de janeiro, lançado anualmente pela Aliança Animal, ou simplesmente quiseram mudar a alimentação de vez em quando.
Faça o mesmo e experimente as alternativas vegetais à carne destes talhos modernos.
Meatless - Talho Sem Carne
No que toca a hambúrgueres, a forma é a do costume, já as cores abrangem vários tons do sistema Pantone em diversos tipos de oferta. Começando pelos hambúrgueres, vão desde o de tremoço ao de aveia e espinafres (5€ por quatro unidades), nos croquetes há de legumes, azeitonas pretas e também de quinoa e ervilhas (6€ por oito unidades) e existem ainda almôndegas, de lentilhas, beringela ou couve flor (6€ por oito unidades).
Para tomar de exemplo, só um croquete de quinoa e ervilhas tem 30,6 gramas de proteína por porção de 160 gramas e um hambúrguer de feijão preto tem a mesma quantidade. Não há nada a temer se a alimentação for equilibrada, resta, por isso, encomendar por mensagem no WhatsApp. As entregas são feitas na zona do grande Porto.
CAPIM Talho Vegan
Os irmãos Marta e Tomás, de 25 e 29 anos, respetivamente, fundaram o conceito antes da pandemia e ainda quando a alimentação vegetariana não era uma das mais pedidas na Glovo ou procuradas na Zomato. O que é facto é que ao longo dos últimos dois anos "teve uma produção que excedeu os 50 mil produtos, chegando a casa de cerca de 5 mil pessoas", afirma a cofundadora da empresa em comunicado.
Essas milhares de pessoas tiveram a vida facilitada sempre que chegavam a casa e só queriam uns simples panados de grão de bico (8,90€) ou rolo de lentilhas com “queijo” e tomate seco (14,90€) ou um requintado Wellington de castanhas com espinafres e “queijo” (17,90€). Este último pede um vinho da garrafeira — e por não haver carne ou peixe, pode optar tanto por um tinto, branco ou rosé — e também uma entrada de outra secção deste “Talho do Futuro”, como chamam os fundadores. Experimente o queiju trufado (5,40€).
Está tudo à venda online CAPIM Talho Vegan — entregas feitas todas as segundas-feiras e quintas-feiras, entre as 15h e as 20h, nas zonas da Grande Lisboa, Odivelas, Loures, Oeiras, Cascais, Amadora, Odivelas, Seixal, Barreiro e Almada — e em alguns pontos físicos em Lisboa. São eles o Gaya Veggie Market, em Telheiras, a Mercearia Criativa, na Alameda, e a loja Sílabas com Sabor, em Alvalade.
Vegatalho
Desta vez falamos de um talho com cortes diferentes, além de croquetes e hambúrgueres. Há chamuças de lentilhas verdes (desde 16,99€), rissóis de feijão vermelho com glúten (desde 16.99€), almofadas de quinoa e ervilha (desde 18,99€) e ainda pastéis de grão e caril (desde 18,99€). No fundo, o Vegatalho é para os que são fãs de um bom rissol acompanhado de arroz de tomate e não querem prescindir do mesmo ao ter uma alimentação de base vegetal, incluindo nos momentos em que o tempo para cozinhar é escasso.
Noutras refeições, coloque um hambúrguer de grão e cenoura (7€) no pão ou no prato ou faça um "pijaminha" do talho através da VegaCombi (desde 58.32€).
As receitas do Vegatalho são da autoria da nutricionista Tatiana Guerra e estão disponíveis para entrega em Sintra, Cascais, Oeiras, Lisboa e Amadora.