Pronto, é oficial. Primeiro trouxeram de volta "Twin Peaks" e não ligámos. A tendência continuou com "Gossip Girl", "CSI: Vegas" e, mais recentemente, com as nova série de "O Sexo e a Cidade" e "Dexter". Mas agora parece que também está a ser considerado o regresso de "Sete Palmos de Terra", apesar de não haver absolutamente nada de novo que possa ser contado. Quem viu a série até ao fim, perceberá. Porque é que nos querem roubar dos finais, supostamente definitivos, de séries às quais dedicámos horas, dias, semanas ou até anos, e com as quais rimos e chorámos? Não sabemos.
Mas já que estamos numa onda de discos pedidos, porque a nostalgia rende sempre e as produtoras de televisão sabem-no bem, a redação da MAGG juntou-se, mesmo que contrariada —porque todos nós gostámos muito dos nossos finais —, e elegeu aquela série que, a justificar-se, gostaria mesmo de voltar a ver no ecrã.
Pedir é fácil e não custa dinheiro. Por isso, cá vai a seleção dos jornalistas da MAGG.
"24" (Catarina Ballestero)
Sim, eu sei, tecnicamente já existe. Mas "24: Legacy" é como aquele tremoço sem sal que nos mandam comer em dieta. 'Tá giro, sabe a tremoço, mas precisamos da imperial. Eric Carter conseguiu-nos entreter, mas nada nem ninguém substitui Jack Bauer, que consideramos ser a imperial das nossas vidas.
Todos precisamos de um regresso triunfal de Kiefer Sutherland como Bauer para ter o pior dia da vida dele, pela sétima ou oitava vez consecutiva, sendo que é certo que a filha, Kim Bauer, vai contribuir para o desastre.
Alguém tem noção da quantidade de vezes que ela meteu o pai em situações terríveis?
"Lizzie McGuire" (Inês de Sena)
A série protagonizada por Hillary Duff e transmitida pelo Disney Channel, há quase 20 anos, já merecia um reboot.
Se, por um lado, os conflitos e drama de uma jovem adolescente fazem sempre sucesso entre as geração mais novas, por outro, seria engraçado ver as peripécias de Lizzie McGuire com 30 anos, entre (des)amores, pensamentos insólitos e, quem sabe, crianças à mistura.
Será que iria compreender melhor a mãe? Será que o melhor amigo, “Gordo”, seria pai dos seus filhos? E acima de tudo, será que encontrou o seu lugar no mundo? Estamos à espera, Disney.
"A Vingadora" (Fábio Martins)
Vou ser radical. Deixem o possível regresso de "24" na gaveta, porque a televisão já está cheia de homens brutos, sérios e ó-tão-complexos, que salvam o mundo. O que proponho é que peguem nesse dinheiro (vamos ignorar que as séries pertencem a canais diferentes) e juntem Jennifer Garner, numa sala, com executivos da ABC que lhe farão uma proposta irrecusável para voltar ao papel de Sydney Bristow em "A Vingadora".
Aqui há tudo o que "24" tem: ação disparatada, explosões, tiros e personagens mais ou menos unidimensionais. Com o bónus de contar com uma heroína carismática e que parece ter sido feita para aquele papel.
Talvez seja a nostalgia a falar. Mas o elenco quer.
"Quem Sai Aos Seus" (Raquel Costa)
Como seria a versão século XXI do muito irritante mas, ao mesmo tempo adorável, Alex Keaton? A personagem, interpretada por Michael J. Fox, era um adolescente fã de Nixon e republicano ferrenho, no seio de uma família meia hippie, e de esquerda.
Os ingredientes necessários para, em pleno século XXI, este reboot não ser uma comédia, mas um thriller.
"Dr. House" (Rafaela Simões)
Tragam lá de volta o bem disposto (ironia máxima) do Dr. House, interpretado por Hugh Laurie. Passei uma parte da minha infância a ver esta série, a tapar os olhos sempre que via sangue e a estudar o corpo humano fora da sala de aula.
Quando estreou a série "The Good Doctor", em 2017, matei ligeiramente as saudades deste estilo de série, mas continuo a sentir falta da mente brilhante que salva casos graves, mesmo que à última, e do mau amor do protagonista.
Volta, House. Estás perdoado.
"Friends" (Mariana Coelho)
Quando “Friends” se estreou, ainda não era nascida. Chegou ao fim em 2004, mas ainda hoje é adorada, vista e revista.
Em maio deste ano, os fãs da sitcom tiveram direito a um episódio especial de reunião dos atores da série, mas, mesmo assim, soube a pouco. Testemunhar um bom ambiente, a nostalgia e a amizade entre os atores revelou que um reboot seria, efetivamente, possível. E até rentável.
Explorar o futuro das personagens, agora na casa dos 50 anos, teria bastante potencial. Reunidas no Central Perk, poderiam ter filhos crescidos, mudanças nas carreiras e, claro, ainda mais histórias para contar.
É para quando, mesmo?