É a estreia em Portugal de Cyril Lancelin, o artista que foi surpreendendo, um pouco por todo o território francês, todos aqueles que se depararam com as suas esculturas imersivas, originais e sempre de grande dimensão. As esculturas Silver Pyramid e Blue Pyramid, que fazem parte da sua série de criação "Half Pyramid", chegaram ao Freeport e vão estar expostas até novembro.
No fundo, tratam-se de duas pirâmides de grande dimensão — uma azul e outra prateada, compostas por centenas de esferas espelhadas, em que "os reflexos e as ilusões estão no centro" da experiência, lê-se na nota oficial enviada às redações. A cor das esferas alterna consoante a altura do dia, assumindo, diz a organização, "o tom das noites lisboetas".
Sobre a sua estreia em Portugal, o artista diz que, como em todas as suas exposições, também esta tem como objetivo encarar "o público como parte integrante da obra". "O meu objetivo é que as pessoas brinquem com os reflexos e explorem a peça de forma imersiva, entrando dentro da mesma", começa por dizer.
"A escultura é baseada em duas formas geométricas primitivas, a esfera e a pirâmide. As esferas, enquanto matéria prima, que refletem e envolvem. E a pirâmide, que organiza a peça, desde a parte exterior até ao centro. O layout das obras de arte irá remeter as pessoas para um habitat imaginário, composto por formas geométricas comuns, mas que estão montadas de forma a fazer-nos perder a orientação”, explica o artista no mesmo comunicado.
Fazendo as contas, são 657 as esferas espelhadas que compõem as duas pirâmides — 485 na prateada e 172 na azul.
O artista de renome em França estreou-se a solo em 2016, altura em que fundou o seu estúdio criativo de arte, depois de mais 15 anos a trabalhar para os arquitetos mais influentes de Paris e Los Angeles. Desde então, Cyril Lancelin distinguiu-se pela capacidade de combinar a tecnologia e arte, em exposições de grande escala, com o objetivo de distorcer as noções de realidade e ficção através de paisagens artificiais e imersivas.