Depois de reinterpretar a Terra Média, tal como aquela que foi imaginada por J.R.R. Tolkien, em filmes como "O Senhor dos Anéis — A Irmandade do Anel" ou "O Hobbit: Uma Viagem Inesperada", Peter Jackson afastou-se momentaneamente da ficção e virou-se para os documentários.
O mais recente chama-se "They Shall Not Grow Old" e tem a particularidade de ser composto por imagens e gravações inéditas para contar a história da Primeira Guerra Mundial através dos olhos de quem a viveu nas trincheiras.
Para isso, o realizador recorreu a grande parte do arquivo fotográfico cedido pelo Imperial War Museum, no Reino Unido. No entanto, todas essas imagens foram captadas com a tecnologia da época, que só permitia que as câmaras gravassem entre 13 a 15 frames por segundo. E todas elas estavam a preto e branco.
Para adaptar o conteúdo ao cinema, Peter Jackson fez questão de colorir todas as fotografias e de usar tecnologia avançada para criar frames adicionais. O objetivo? Garantir que aquelas imagens estáticas ganhavam movimento digno de ser comparável à fluidez e modernidade de grandes produções de cinema contemporâneas.
O documentário foi muito bem recebido pela crítica internacional, que considera que o trabalho de Jackson permitiu "transformar o arquivo do museu britânico numa experiência absorvente e emocionante."
E a verdade é que, na plataforma "Rotten Tomatoes", o portal que serve como agregador de várias críticas cinematográficas, a produção conta com uma pontuação de 100% (numa escala de 0% a 100%).
Depois de "They Shall Not Grow Old" ter sido exibido na BBC, a 11 de novembro de 2018, e depois nos Estados Unidos da América, chega agora à televisão portuguesa através do Canal História.
A estreia está marcada para o final do mês, 27 de julho, às 22h15.