"An Officer and a Spy", o novo filme de Roman Polanski, vai ser exibido na 76.ª edição do Festival de Cinema em Veneza, Itália, onde compete pelo Leão de Ouro. No entanto, sabe-se agora que o realizador polaco não vai marcar presença no evento devido ao mandato de extradição para os EUA pelo crime de violação de uma criança de 13 anos.
Apesar disso, espera-se que Polanski participe no festival através de uma conferência em tempo real feita pelo Skype. É que devido ao tratado de extradição assinado em 1983, entre os EUA e Itália, o advogado do realizador garante que a sua presença em Itália pode colocá-lo em risco iminente de ser detido.
"Qualquer pessoa que seja procurada pelos Estados Unidos arrisca a sua liberdade ao viajar para qualquer parte do mundo onde não esteja garantida uma passagem segura. Se ele puser um dedo que seja um centímetro depois da linha, está em perigo", explica o advogado ao "The Hollywood Reporter".
O realizador que ficou conhecido por filmes como "O Pianista" e "A Semente do Diabo" foi acusado em 1977 de violar uma criança de 13 anos. No ano seguinte, Polanski admitiu o crime e fugiu para dos EUA para evitar tempo de prisão.
Desde então que vive em França, onde as leis de extradição são limitadas e lhe têm permitido viver em liberdade. Apesar da admissão de culpa, a Academia atribuiu-lhe o Óscar de Melhor Realizador, em 2003, pelo filme "O Pianista".