Depois de um dia de casamento promissor, Liliana e Pedro decidiram terminar a relação cinco semanas após o início do programa. Ainda que a concorrente de Sacavém tenha repensado uma segunda hipótese para o casamento, depois de escrever "sair" na cerimónia de compromisso, o marido manteve-se irredutível e não quis continuar em “Casados à Primeira Vista”.
Depois de emitido o episódio em que o casal decidiu separar-se, surgiram notícias de que Liliana teria convencido Pedro a voltar ao programa por questões única e exclusivamente monetárias. Não sei se foi realmente este o motivo, mas a verdade é que Liliana e Pedro voltaram este domingo, 1 de dezembro. E voltaram com uma suposto desejo em reerguer a relação que não convenceu ninguém.
“Acho tudo muito estranho”, disse Bruno sobre o regresso do casal. E é só isso nisto que consigo pensar desde que a porta de madeira se abriu para receber novamente Pedro e Liliana. A chegada foi estranha, a conversa com os especialistas foi estranha, a expressão corporal de ambos foi estranha. Alguém ficou convencido de que eles estavam realmente dispostos a salvar a relação? Tenho dúvidas.
Começou assim que se sentaram no sofá para darem satisfações aos especialistas. Liliana agarrou na mão do Pedro e pousou-a em cima da perna. “Eu admito que foi ela que tomou a iniciativa”, disse o concorrente. Eu sei, Pedro. Eu vi e fiquei tão confusa (mas menos esperançosa) como tu.
Lá começaram por explicar que, depois de saírem do programa, tinham começado a trocar mensagens e que a separação acabou por uni-los. Mas alguém acredita nisto? Que tenha havido troca de mensagens, até consigo acreditar. Que o amor tenha voltado? Ninguém acreditou nisso — nem eles próprios, que pareciam ter um texto decorado que, já agora, Liliana fazia de tudo para assegurar que Pedro reproduzia na perfeição. Aqueles olhares dominadores não enganavam ninguém.
Mas continuemos. A concorrente de Sacavém lá explicou que o marido se tinha arrependido e que tinham voltado a cair nos braços um do outro. A minha questão é: a sério? O homem estava desejoso de saltar fora, de nunca mais a ver na vida, e agora ela diz que ele se arrependeu? Não, Liliana, não cola. E já agora, depois de mais de um mês a ver-te culpar o Pedro por tudo e por nada, o estômago de todos os telespectadores deu três voltas com a frase "ele arrependeu-se". Ele não se arrependeu, ele está apaixonado, tem bom coração e, desculpa Pedro, adoro-te — mas és tonto de tão boa pessoa que és.
Quando os especialistas perguntaram o que traziam de novo para a nova relação, Liliana respondeu sem hesitação: “Eu trago mais tolerância”. Diz a mulher que se passou porque uma flor não foi entregue a tempo, diz a mulher que se galvanizou quando Pedro perdeu a aliança sem querer, diz a mulher que não passava um dia sem mandar vir com o pobre do homem. Não, Liliana, ninguém acredita nessa falsa “tolerância”.
“Eu venho muito mais ponderado”, respondeu Pedro. “Quis tudo de uma vez”. Vamos lá ver se nos entendemos, Pedro. Tu quiseste aquilo a que te tinhas proposto: um casamento. E eu não sou casada, mas julgo que num casamento as pessoas se tratem bem, que haja tolerância e que não haja apenas um coitado a puxar a carroça. Digo eu.
Mas durante toda esta conversa, que volto a frisar que parecia ensaiada, a Liliana manteve a postura de dominadora. Sempre. Ela enrolou os dedos nos do marido, ela dava-lhe ordens através do olhar, ela dominou o pobre do homem de tal maneira que ele, coitado, não viu outro rumo que não fosse dizer que sim, que queria muito voltar a estar com ela. Falso. É isto que tenho a dizer.
Isso e pedir o regresso da Ana Raquel. Irra. Volta, estás perdoada.