Em média, os seres humanos soltam gases 23 vezes por dia. No entanto, nem todos esses gases são iguais, existindo diferenças entre os gases libertados pelas mulheres e pelos homens. 

Estudos mostram que o cheiro dos gases das mulheres é pior do que o dos homens — e existe uma razão científica por detrás deste facto, segundo o “New York Post”. 

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Em 1998, o gastroenterologista e investigador Michael Levitt decidiu descobrir que gases conferem à flatulência (eliminação de gases intestinais) o seu odor característico. O médico recrutou 16 pessoas sem histórico de problemas intestinais e fez com que cada um usasse um tubo retal conectado a uma bolsa. Depois de os participantes terem consumido uma grande quantidade de feijões e tomado um laxante, os investigadores recolheram os seus gases. 

Mais tarde, Michael Levitt e os colegas submeteram as amostras de gases a um teste de cheiro e dois juízes classificaram cada gás numa escala de 0 a 8, sendo que o último valor significava “muito ofensivo”. Contudo, eles não sabiam que estavam a cheirar gases de seres humanos. 

Os investigadores descobriram que os principais gases responsáveis pelo odor dos gases humanos são compostos que contêm enxofre, principalmente sulfeto de hidrogénio, o químico por detrás do típico cheiro a “ovo podre”. Enquanto os homens tendem a eliminar maiores volumes de gases, o estudo concluiu que a flatulência das mulheres continha uma “concentração significativamente mais elevada” de sulfeto de hidrogénio do que a dos homens. 

A opinião dos juízes foi ao encontro deste facto, sendo que avaliaram os gases das mulheres como tendo “um odor mais intenso” do que os dos homens. Mas é aqui que as coisas se tornam interessantes: as mulheres devem aceitar que os seus gases cheiram pior, uma vez que podem estar a fazer um favor ao seu corpo.

Enquanto grandes quantidades de sulfeto de hidrogénio são altamente tóxicas, pequenas concentrações deste químico podem ajudar a proteger as células cerebrais contra o Alzheimer. Os estudos mostram que os níveis de sulfeto de hidrogénio diminuem com a idade, uma tendência ainda mais notável em pacientes com esta doença. 

Num estudo de 2021, os investigadores da Johns Hopkins Medicine (empresa de saúde global nos Estados Unidos) realizaram experiências com ratos geneticamente modificados para simular a doença de Alzheimer em humanos. Injetaram um composto que continha este químico nos animais e monitorizaram as mudanças na sua memória e função motora durante 12 semanas.               

Os testes mostraram que o sulfeto de hidrogénio melhorou a função cognitiva e motora dos ratos em 50%, em comparação com os não tratados, assim como revela o mesmo meio.