Ainda estamos longe de decidir qual será a palavra do ano, mas quase que podemos apostar que “sustentabilidade” poderá, sem dúvida, entrar na lista das candidatas mais fortes ao primeiro lugar. Numa altura em que as preocupações ambientais estão cada vez mais presentes, 2019 tem sido um ano de várias inovações e mudanças nesse sentido.
Tudo começou com as empresas que incentivam à utilização de transportes menos poluentes como as bicicletas ou as trotinetes. Só este ano surgiram duas novas plataformas que permitem alugar estes veículos em vários pontos de Lisboa, a Jump, com as suas bicicletas vermelhas, e a Flash, as trotinetes que estão preparadas para andar na calçada portuguesa.
Depois, o Parlamento Europeu aprovou uma lei comunitária que proibirá a venda de produtos de plástico de utilização única em toda a União Europeia a partir de 2021. Poucos dias depois, o Governo português decidiu que todo o plástico descartável acabaria em Portugal seis meses antes, em julho de 2020. Entretanto, já um casal português tinha criado a Palhinha, uma empresa que pretende substituir todas as palhinhas descartáveis por opções feitas em sêmola de trigo e, por isso, comestíveis.
É certo que temos cada vez mais opções sustentáveis à disposição, mas a realidade é que ainda há um longo caminho a percorrer, que começa com pequenos passos e mudanças que podemos adotar no nosso dia a dia. Não levar o carro para o trabalho e optar por outro meio de transporte, fazer compras de forma mais consciente ou ter atenção aos produtos que consume são apenas alguns exemplos.
Se ainda não sabe ao certo que mudanças pode fazer no seu dia a dia para adotar um estilo de vida mais sustentável, deixamos cinco sugestões que, parecendo que não, podem fazer toda a diferença.
1. Utilizar detergentes ecológicos
Os detergentes que usamos para limpar a casa e até mesmo para cuidar da nossa roupa estão, na grande maioria dos casos, carregados de ingredientes químicos cujos nomes não compreendemos. Na realidade, grande parte destes produtos são tóxicos, não só para o organismo como para o meio ambiente.
Contudo, nos supermercados já é possível encontrar várias marcas de detergentes ecológicos com ingredientes mais naturais e menos prejudiciais à saúde. Em alternativa, pode sempre comprar nozes de saponaria, que podem ser usadas para a limpeza geral da casa, mas também para a roupa.
2. Escolher frutas e legumes biológicos
Tal como acontece com os detergentes, também a fruta e os legumes que comemos no dia a dia estão carregados de químicos e fertilizantes que prejudicam a saúde. Neste caso, basta substituir estes alimentos por opções biológicas, produzidas de forma natural e sem recurso a químicos agressivos para o organismo.
Outro dos problemas de alguma da fruta que compramos, como as maçãs, é que muitas vezes estão cobertas com uma camada de cera para que pareçam mais brilhantes, o que não acontece com frutas e legumes biológicos.
3. Fazer compras a granel
Hoje em dia existem cada vez mais lojas, mercearias de bairro e até mesmo supermercados a venderem a granel. Nestes espaços, os clientes devem fazer as suas compras usando os seus próprios frascos, sacos de papel ou até mesmo sacos de pano, de maneira a reduzir a quantidade de embalagens de plástico de utilização única.
Há também alguns supermercados, como é o caso do Continente, que estão a incentivar os seus clientes a utilizarem sacos de pano ou de rede para fazerem as suas compras com o objetivo de acabar, de vez, com os sacos de plástico na zona da fruta e dos legumes.
4. Comprar os produtos de beleza certos
Os rótulos dos produtos de beleza estão carregados de ingredientes que desconhecemos e que, na maioria dos casos, não trazem grandes benefícios para o organismo. Contudo, existem cada vez mais marcas a apostar em gamas que utilizam apenas ingredientes de origem natural.
A nova gama Garnier BIO é uma das mais recentes. É composta por nove produtos, entre eles água micelar, gel de limpeza e cremes de rosto adaptados a diferentes tipos de pele, todos com certificação ecológica do ECOCERT e com fórmulas produzidas com ingredientes de origem natural como a lavanda ou o óleo de argão.
5. Reduzir o consumo de carnes vermelhas
Em 2016, quando Leonardo DiCaprio apresentou o seu documentário “Before the Flood”, explicou ao mundo como é que a produção de carnes vermelhas, principalmente da carne de vaca, era uma verdadeira bomba de metano que estava a destruir a atmosfera. Ainda antes disso, foram vários os estudos e documentários que apontaram o consumo de carne vermelha como um dos maiores problemas ambientais do século.
Eliminar de vez o consumo de carne pode não ser a tarefa mais fácil para a maioria das pessoas. Contudo, o simples facto de reduzir o consumo de carne, principalmente de carnes vermelhas, já é uma grande ajuda para o meio ambiente.