Depois de ter sido banido, em janeiro, do Twitter, do Facebook e do YouTube, o ex-Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou o lançamento de uma rede social própria, TRUTH Social, já no início do próximo ano.

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A rede social deverá ser lançada "a nível nacional" (exclusivamente nos EUA) no primeiro trimestre do próximo ano, no entanto  já estará aberta a convidados a partir do próximo mês de novembro. 

"Criei a TRUTH Social e o grupo Trump Media e Tecnologia [TMTG] para resistir à tirania dos gigantes das tecnologias", escreveu o ex-presidente norte-americano, num comunicado à imprensa, partilhado esta quarta-feira, 20 de outubro.

"Vivemos num mundo onde os talibãs têm uma enorme presença no Twitter, mas o vosso presidente americano favorito foi silenciado", acrescentou na mesma nota.

O link publicado pelo ex-presidente norte-americano encaminha os utilizadores para uma página onde já se podem inscrever na lista da espera da aplicação. Na Apple App Store, a TRUTH Social também está disponível para reserva, onde já se pode perceber aquele que será o futuro visual da plataforma, muito semelhante à rede social Twitter.

Apple App Store
créditos: Apple App Store

"Estou entusiasmado para enviar a minha primeira TRUTH [que em português significa 'verdade'] na TRUTH Social. A TMTG nasceu com o intuito de dar voz a todos" disse, ainda, Donald Trump.

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Recorde-se de que as redes sociais Twitter, Facebook e YouTube decidiram banir Trump por considerarem que o ex-presidente norte-americano incitou apoiantes, através destas plataformas, antes do assalto ao Capitólio, em Washington, em janeiro.

No entanto, o conflito com o Twitter e com o Facebook remonta ao ano passado, 2020, meses antes de as plataformas assumirem a decisão de banir o ex-presidente norte-americano. À data, as plataformas começaram a sinalizar ou a apagar publicações de Donald Trump, com a justificação de que continham informações falsas.

Em julho de 2020, Donald Trump processou o Facebook, o Twitter e, ainda, a Google por alegados atos de censura. Até ao momento, avança o jornal "The Guardian", as plataformas continuam a defender as suas restrições e suspensões ao ex-presidente, embora o Facebook planeie reavaliar a decisão no período de dois anos.