A cozinha do "Masterchef Portugal" abre portas pela sétima vez este sábado, 18 de novembro, na RTP1. A MAGG assistiu ao primeiro dia de gravações da nova temporada do “MasterChef Portugal” e falou com os jurados escolhidos para esta edição – Noélia Jerónimo, Diogo Rocha e Miguel Rocha Vieira.
O vislumbre da primeira prova, que aconteceu no exterior do Museu da Eletricidade, em Lisboa, deu também para perceber que o formato, estreado em Portugal há 12 anos, continua a entusiasmar aspirantes a cozinheiros profissionais. Dos 50 concorrentes que foram avaliados, apenas 15 transitaram para a próxima fase do programa.
Saiba o que esperam os três jurados desta nova edição.
Noélia Jerónimo. "Se usares a técnica e não tiveres alma lá, não sai nada como deve ser"
A única jurada que transitou da última para a presente edição do programa mostrou-se um pouco surpreendida com o regresso, mas afirmou estar muito satisfeita. “Estou super feliz por estar de volta, foi uma experiência de vida incrível que eu tive. Não estava à espera de voltar e de ter condições para voltar, e estou aqui hoje”, revelou.
A chef algarvia espera uma edição muito divertida, com os novos colegas Diogo Rocha, com quem admite ter uma relação de amizade, e Miguel Rocha Vieira, que só conheceu pessoalmente graças a esta edição do "Masterchef".
“Espero que haja pessoas com vontade de ganhar e que façam o melhor que têm dentro delas”, disse, sobre os concorrentes que vão passar pela cozinha. Noélia Jerónimo admitiu que um dos fatores mais importantes na comida é a existência de sentimento, nomeadamente de amor. “O amor é fundamental. Se usares a técnica e não tiveres alma lá, não sai nada como deve ser. As técnicas fazem falta, mas é preciso saber fazer o simples bem feito”. Relativamente ao erro mais comum na cozinha, a jurada apontou o tempo de cozinhar o peixe, que é muitas vezes apresentado demasiado cozinhado.
Diogo Rocha. “A maior dificuldade é a avaliação, porque é uma coisa muito nossa"
Para a primeira vez a participar numa experiência destas, o chef do premiado Mesa de Lemos, em Viseu, admitiu estar um bocadinho nervoso, devido à dimensão do projeto. Ainda assim, diz-se “cheio de vontade, cheio de energia e com muito boa disposição”.
Mostra-se entusiasmado e com uma mentalidade bastante positiva para esta participação no “MasterChef”, pretendendo passar para o público que assiste ao programa que as cozinhas são “lugares onde nós somos felizes e onde fazemos as pessoas felizes”.
“A maior dificuldade é a avaliação, porque é uma coisa muito nossa. Tem a ver com a nossa experiência, a nossa forma de pensar. Cada um tem a sua interpretação e por isso acho que a avaliação é sempre uma coisa muito complicada de fazer”, admitiu, quando questionado sobre qual iria ser a maior dificuldade associada a este formato. No que diz respeito ao erro imperdoável, Diogo Rocha fala no desperdício, afirmando que é uma coisa que não pode acontecer em cozinha.
Miguel Rocha Vieira. "Os concorrentes já se mostram mais preparados"
O chef Miguel Rocha Vieira está de regresso ao “MasterChef Portugal”. Já foi jurado do programa quando este ainda era transmitido na TVI, e agora está “de volta a casa”. Conta que não esperava estar de regresso, mas que encara esta oportunidade com a maior alegria e contentamento.
Relativamente às expectativas para esta nova temporada, admite que, com a experiência das edições onde já participou, notou sempre uma melhoria a nível de cozinha. “Os concorrentes já se mostram mais preparados, já estão à espera de tudo e por mais voltas que dês, eles já sabem o que os espera”, confessou.
A maior dificuldade apresentada por Miguel Rocha Vieira prende-se com a questão da justiça. “Temos de ter sempre na cabeça o que dissemos aos concorrentes e tentar fazer um nível de comparação”, afirma, dizendo que o mais importante é os jurados ficarem de consciência tranquila com as escolhas que fazem. Quanto ao “prato da morte” aponta o arroz, que parece um prato tão simples, mas é onde muitos erram.