Quase um ano depois de, sem a sua autorização, ter visto a sua vida recriada na série "Pam & Tommy", Pamela Anderson vai, nas suas próprias palavras, repor a verdade. A atriz canadiana de 55 anos é a protagonista de "Pamela, Uma História de Amor", filme autobiográfico que chega à Netflix a 31 de janeiro.
"Bloqueei aquela cassete roubada da minha vida para sobreviver. E, agora que está a vir tudo à tona novamente, sinto-me enojada. Quero controlar a narrativa pela primeira vez", diz a estrela de "Marés Vivas", eterno ícone de beleza e sensualidade da década de 90, no trailer do filme. Pamela Anderson refere-se ao escândalo de que foi coprotagonista há 27 anos, quando uma cassete com cenas íntimas com o então marido, o músico Tommy Lee, foi parar às mãos erradas e se tornou pública.
"Sinto que não era respeitada. Tive de reconstruir uma carreira dos pedaços que restaram. Mas não sou uma donzela em apuros. Coloquei-me em situações loucas e sobrevivi", assegura a atriz, que surge, sem quaisquer pudores, de cara lavada e vestida de forma casual. No filme participa também Brandon Thomas Lee, o filho mais velho da atriz (Pamela e Tommy tiveram dois filhos, Brandon, de 26 anos e Dylan, de 25), que é igualmente produtor do formato da Netflix.
Com seis casamentos no seu currículo amoroso (o último, com Dan Hayhurst, seu guarda-costas, durou 13 meses), Pamela Anderson é descrita pelo filho como alguém cuja "coisa favorita é apaixonar-se". "E ela adora a ideia de se desapaixonar também". "Há homens que pensam 'ah, ela é esta coisa da Playboy ou uma pessoa muito sexual' e odeiam-nos por não sermos isso", diz ainda Pamela.
Ryan White, realizador do filme documental, revelou à "People" que teve "carta branca" de Anderson para usar as imagens de arquivo que melhor contassem a sua história. "É um sinal do quão autêntica ela tem sido na sua forma de estar na vida. Ela assume tudo - o bom, o mau e o feio. É uma maneira incrivelmente vulnerável, mas corajosa, de viver".