Durante a tarde desta sexta-feira, 24 de setembro, Bruno d'Almeida, Rafael Teixeira, Rui Baptista e Ricardo Pereira conversavam no jardim quando o "Big Brother" lhes propôs um "ping pong de temas". Ou seja, deveriam rodar entre si as intervenções e falar sobre temas "relevantes para a humanidade".
Ricardo introduziu a questão: "O que é que acham que pode mudar na vossa vida quando forem pais?" Rafael começou por referir uma mudança de mentalidades em relação ao sexo oposto. "No dia em que fizer isso [ter filhos] com alguma mulher, tenho quase a certeza que vai ser a mulher da minha vida e nunca mais a vou trocar. Vou ficar com ela para o resto da vida, isso é o primeiro ponto na minha cabeça."
Após a intervenção de Rafael, Ricardo questionou o colega se acredita que "um filho prende" alguém a uma relação. "Eu gostava que me prendesse, tanto a mim como a ela, mas que houvesse, de facto, amor entre os dois", retorquiu Rafael, fazendo referência aos casais que constituem família e que acabam por se separar pouco depois.
No mesmo tema, Ricardo esclareceu que um filho tanto pode aproximar um casal, como afastar. "A atenção dispersa do casal e fica toda na criança", recordando ainda o forte suporte familiar que teve quando foi pai pela primeira vez aos 16 anos.
Adoção foi o tema que se seguiu, proposto por Rafael. Rui Baptista confessou não ter o sonho de ser pai biológico e revela "uma probabilidade muito maior de um dia adotar alguma criança do que, efetivamente, ter um filho", muito devido ao estado atual do mundo. "Se eu for ter um filho agora, quando o meu filho tiver 20 anos, que é um miúdo ainda, eu já tenho 50. E como é que vai estar o mundo daqui a 20 anos?"
Ricardo interveio para comentar que, enquanto pai biológico, tem dúvidas sobre a adoção. "Já sabes o que é amares um filho teu, biológico e (...), inconscientemente, acho que diferencias, acho. Nunca passei pela experiência". Imediatamente, o Big Brother interrompeu a conversa. "Quem passa pela experiência não concorda, normalmente, consigo, Ricardo. Falo de quem conheço que tenha passado pela experiência. (...) Eu dir-lhe-ia que o amor não é biológico, mas pronto, é só a minha opinião."
Os restantes concorrentes concordam com o Big. "Tu crias aquela criança como sendo tua, tu proteges aquela criança tal e qual como proteges a tua, tu educas aquela criança como sendo tua, sempre. Como assim tu vais pensar 'ok, este nasceu de mim e este não nasceu de mim', não deixa de ser teu", afirma Bruno d'Almeida. Ricardo reforça a ideia de um sentimento "inconsciente", antes de consumar a adoção.
Para Rafael, é preciso "ter tanta certeza em adotar um filho, como fazê-lo". Rui Baptista acrescenta: "Honestamente, se eu adotasse uma criança que soubesse que tinha uma história de vida muito complicada por trás, acho que isso ia fazer com que eu ainda amasse mais aquela criança".
Ricardo confessa que, caso tivesse condições financeiras, gostaria de ter cinco ou seis filhos. "Se pudesse adotar para melhorar a vida de uma criança ou de duas crianças, faria sem pensar, mas tinha sempre o receio de acontecer", disse ainda Ricardo, referindo-se à possível diferenciação de sentimento entre um filho adotado e um filho biológico.
Já Bruno d'Almeida falou sobre o processo de conceção em casais homossexuais, que diz ser demorado e dispendioso. "Como sou filho único, gostava mesmo muito de ter um filho biológico. Acho que é mesmo só a nível físico, perceber como é que seria um filho meu, mas provavelmente vai ter que ser adotado". Em relação aos seus sentimentos, o concorrente foi assertivo. "Duvido muitíssimo que, se eu decidir adotar uma criança, alguém vá amar mais um filho biológico do que eu vou amar aquele".