Todos sabemos a importância que o exercício tem para a nossa saúde, tanto física como mental, e, por isso, nos últimos anos, são cada vez mais as iniciativas que têm vindo a ser postas em prática para pôr a população a mexer. Em 2013, Bruno Claro, 40 anos, e a mulher, Sandra Claro, 43, decidiram criar um grupo de corrida que se tornou num dos maiores do País.

"Correr Lisboa" foi o nome que deram à iniciativa que começou por ser uma aplicação para encontrar amigos para correr. Era "uma espécie de grupo de Facebook de corrida", conta Bruno à MAGG, mas a adesão foi tanta que deixou de fazer sentido apostar apenas no digital. "Lançámos os primeiros treinos e, desde então, tirando a pandemia, nunca mais parámos."

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Durante oito anos, Bruno perdeu a conta à quantidade de atletas que já teve a participar nas suas corridas, mas garante que houve treinos a juntar mais de 150 pessoas. Contudo, a pandemia veio mudar um pouco a dinâmica.

"Os nossos treinos têm um conceito um bocadinho diferente dos outros. Até antes da pandemia, eram treinos completamente livres. As pessoas não tinham de se inscrever, bastava aparecerem com vontade para correr que ia lá estar um monitor para auxiliar e motivar a correr durante 40 minutos. Depois da pandemia, começámos a ter vagas limitadas e inscrições", explica Bruno, acrescentando que nos últimos tempos foram mesmo obrigados a parar. Mas pretendem regressar em breve, quando for possível ter grupos de, pelo menos, até dez pessoas.

A boa notícia é que, além do Correr Lisboa, surge agora a novidade do Pedalar Lisboa, que deverá arrancar já no início de maio. A dinâmica será a mesma: treinos gratuitos e abertos a todos, independentemente da condição física ou idade. Além de querer incentivar a prática do exercício físico de uma forma diferente, Bruno quer mostrar as vantagens da circulação sobre duas rodas. "Acredito que a mobilidade urbana é o conceito de futuro e a cidade está cada vez mais preparada para as pessoas pedalarem sem riscos", frisa.

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O Correr Lisboa continuará em andamento, com os treinos que se dividem por vários pontos da cidade, e o Pedalar será um complemento. "As pessoas que correm também gostam de pedalar e as pessoas que correm de uma forma mais informal também já estão cansadas só de correr. Têm de procurar uma nova experiência e, neste momento, a cidade fez um investimento para nós conseguirmos pedalar em segurança. Lisboa mudou, está cada vez mais amiga dos desportistas e das pessoas que andam de bicicleta, e isto cria-nos a possibilidade de alargamos a nossa oferta de atividade física gratuita", diz o responsável do projeto à MAGG.

Se quiser fazer parte do Pedalar Lisboa e não tiver nenhuma bicicleta, não se preocupe porque os encontros terão início perto de uma estação Gira , para que quem não tem este meio de transporte possa também usufruir da atividade.

O Pedalar Lisboa terá dois tipos de trajeto para que todos possam participar

O site deverá estar acessível a partir do dia 8 de maio e é através do mesmo que poderá depois fazer a sua inscrição. Inicialmente, haverá um treino semanal, em princípio aos domingos, mas Bruno garante que o objetivo é crescer e alargar a oferta. "O nosso conceito será criar dois tipos de trajetos: um para pessoas que estão habituadas a pedalar e que procuram um desafio superior; e outro mais para famílias, para pessoas que querem desfrutar com os filhos, conviver e passear em grupo."

Com o tempo, os dias de treino serão adaptados à procura. O Correr Lisboa, por exemplo, já oferece treinos quase todos os dias da semana. Se preferir esta alternativa, aponte na agenda: todas as segundas-feiras e quartas-feiras há encontro marcado no Complexo Desportivo do Casal Vistoso; às terças-feiras a corrida começa e termina na Cidade Universitária; às quintas-feiras no Parque das Nações, e aos sábados em Monsanto. Durante a semana, os treinos decorrem às 19h30 e ao sábado às 9h30.

"O Correr Lisboa teve sempre uma vantagem. Ao longo destes anos, havia pessoas que desapareciam, iam correr para outros sítios, e quando voltavam, dois ou três anos depois, sabiam que, mesmo passado aquele tempo todo, o grupo estaria sempre ali naquele horário e naquele local", explica Bruno, referindo que apenas foram acrescentando sítios e que, em maio, regressarão à atividade com mais dois locais.

Quanto às vantagens da atividade física praticada em grupo, Bruno refere que a socialização é o melhor do projeto. "As pessoas sentem que fazem parte de algo, de uma comunidade. Sofrem em conjunto, traçam objetivos em conjunto e vão a provas em conjunto. O ser humano é um animal muito sociável e nós procuramos cada vez mais estar com outras pessoas", remata o profissional.

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