Uma dona de um cão pediu a uma clínica veterinária para abater o animal por este ladrar demasiado quando se cruzava com pessoas. O caso é reportado por Lucie Holmes, responsável pelo Lucie’s Animal Rescue, um centro de acolhimento de animais, no Reino Unido.
De acordo com Lucie, uma mulher terá contactado o centro para que ficassem com o seu cão de 2 anos chamado Markus. Após ter visto o seu pedido negado, devido à associação estar cheia, um médico veterinário de uma clínica local comentou com Lucie que uma mulher lhe tinha pedido para abater o cão devido ao seu ladrar.
“É nojento. Não tenho conseguido dormir muito porque ainda estou muito zangada. Os cães ladram. É o que eles fazem. Eu disse à dona que não havia absolutamente nenhuma necessidade de o Markus ser abatido. Ele precisa de tempo e de ser treinado”, referiu Lucie Holmes, em entrevista ao canal BBC.
Segundo mensagens trocadas entre Lucie e a dona de Markus, esta mulher estava à procura de um novo lar para o cão, por este ladrar às pessoas de bicicleta, a carros e a outros cães, apontou a BBC. Esta mulher mencionou ainda que o cão não estava treinado, mas que tinha sido castrado e vacinado, além de ter o chip.
A proprietária do centro de acolhimento negou o pedido da mulher, tendo referido que apenas podia acolher o cão quando tivesse espaço disponível. Esta mulher perguntou ainda quando é que isso iria acontecer. Não conformada com a resposta, a mulher tentou a clínica veterinária.
De acordo com Lucie, o médico veterinário ter-lhe-á dito que tinha recebido uma mulher que queria abater o animal. “A mulher disse ao veterinário que não conseguia lidar com ele. Ao ouvir isto, perguntei se o cão não se chamava Markus. O médico acabou por confirmar que era esse o cão”, mencionou a responsável pela associação de acolhimento de animais.
Depois de toda esta situação, Lucie Holmes entrou novamente em contacto com a dona do cão e disse-lhe que estava muito preocupada com o animal e que por isso o iria acolher. Markus acabou por ser recebido numa família com outros nove cães e 34 gatos, bem como três crianças.
A responsável pelo centro Lucie’s Animal Rescue acrescentou ainda que as pessoas devem “pensar cuidadosamente” antes de decidir ter um animal em casa. “É preciso fazer uma pesquisa e dar tempo aos cães para se adaptarem”, apontou Lucie.