Davide Renne, o recém-nomeado diretor criativo da Moschino, morreu aos 46 anos. Depois de ficar aos comandos da direção criativa da casa de moda italiana a 1 de novembro, o grupo de moda que a detém, Aeffe, recorreu às redes sociais para dar a notícia s0bre o seu falecimento.

De acordo com o comunicado, o designer foi vítima de uma doença súbita, que não foi especificada, acabando por morrer esta sexta-feira, 10 de novembro. No Instagram, Massimo Ferretti, presidente da marca, prestou homenagem ao criador, frisando que toda a equipa está a sentir uma "dor inexplicável".

"O Davide juntou-se a nós há apenas alguns dias, quando uma doença súbita o levou cedo demais. Ainda não conseguimos acreditar no que aconteceu”, lê-se na publicação. E apesar da sua breve estadia, Ferretti enfatizou que Renne já havia conquistado afeto e respeito, estando aos comandos de "um projeto ambicioso".

Esta era a primeira vez de David Renne a assumir as rédeas de uma marca, apesar de ser conhecido pelo seu trabalho na equipa de design de uma outra casa de luxo, a Gucci, à qual pertenceu durante quase duas décadas. A sua mudança para a Moschino, anunciada há menos de um mês, foi marcada pela promessa de honrar o legado da marca, depois de suceder a Jeremy Scott, que deteve este cargo durante 10 anos.

Pharrell Williams é o novo diretor criativo da Louis Vuitton. Da música para a moda foi um saltinho – nós explicamos
Pharrell Williams é o novo diretor criativo da Louis Vuitton. Da música para a moda foi um saltinho – nós explicamos
Ver artigo

Davide Renne nasceu em Follonica, Itália, a 7 de julho de 1977, e foi durante o ensino secundário que a paixão pela moda começou a crepitar. O designer acabou por fazer formação na Polimoda, uma universidade de moda de Florença que é uma das mais conceituadas de Itália, mudando-se para Milão depois de finalizar o curso – onde passou quatro anos no estúdio de Alessandro Dell'Acqua, que foi considerado o seu primeiro mentor.

O seu percurso conta ainda com passagens por outras insígnias, como a Ruffo Research, onde pôde estar em contacto com outras figuras importantes do mundo da moda, como Nicolas Ghesquière (Louis Vuitton) e Ricardo Tisci (ex-Burberry). Em 2004, foi recrutado pela Gucci, onde trabalhou até 2023, sob a alçada de Frida Giannini e Alessandro Michele.