Roberto Escobar, o irmão do barão de droga colombiano Pablo Escobar, processou a Apple depois de garantir que foi através de uma chamada via FaceTime — um serviço de video-conferência que só funciona entre dispositivos Apple — que lhe descobriram a morada de casa.

Terá sido isso mesmo a motivar que Escobar mudasse de casa e aumentasse, ainda mais, o número de seguranças que o acompanham para todo o lado depois de já ter recebido várias ameaças de morte.

Numa investigação que o próprio desenvolveu, este concluiu que a falha de segurança originou no FaceTime depois de um vendedor da Apple lhe ter dito que o iPhone X, o equipamento que comprou, era o mais seguro do mercado.

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Embora essa vulnerabilidade não tenha sido comprovada em momento algum pela empresa, Roberto Escobar processou a multinacional americana em mais de dois mil milhões de dólares devido àquilo que, considerou, ser uma uma falha de segurança grave num dos equipamentos mais populares do mercado.

Sem provas que sustentem a acusação, especula-se que esta seja mais uma tentativa de Roberto Escobar em focar todas as atenções para si.

Há dois meses, o irmão de Pablo Escobar já tinha sido notícia depois de se descobrir que, entre os vários produtos comercializados pela sua empresa, a Escobar Inc., encontrava-se um telemóvel que custava 399 dólares (ou 368€) mas que era no fundo um Samsung Galaxy Fold 2 modificado. O produto foi, numa fase inicial, enviado unicamente a jornalistas e a youtubers, para que estes o testassem e fizessem publicidade.  e que só estava a ser enviado a youtubers e jornalistas de tecnologia. Nunca chegava era às mãos dos clientes que o encomendavam.

O Escobar Fold 2 era o Galaxy Fold da Samsung com uma espécie de película dourada por cima que tentava imitar o ouro. A empresa vendia-os ao consumidor comum por menos de 400€, mas estes raramente chegavam a casa daqueles que o encomendavam. Daí  que a empresa os pudesse ter à venda no mercado a um preço tão baixo.

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A ideia era simples. Através da exposição nos media (através de jornalistas e youtubers), a Escobar Inc., que dizia querer concorrer diretamente com a Samsung (mesmo que comprasse os seus produtos), esperava que a notoriedade fosse suficiente para levar o consumidor comum a comprar um produto que, mais tarde, nunca seria enviado.

Era isso que permitia à empresa comprar telemóveis de dois mil euros e "vendê-los" a menos de 400€, já que os únicos modelos que enviavam eram, muito provavelmente, unidades de teste para youtubers, jornalistas e outros meios de comunicação.

A empresa nunca reagiu às acusações de fraude.