Já começaram a abrir os novos McDonald’s na Rússia, mas agora com outro nome e outro logótipo depois de a cadeia norte-americana ter banido a marca do país, justificando na altura que o "negócio na Rússia já não é sustentável nem consistente com os valores da McDonald's", disse a cadeia em comunicado. Os russos podem viver sem muita coisa, como a Coca-Cola, a Starbucks e a Zara, mas não sem McDonald’s, e por isso criaram o “Delicioso, ponto final”.
Este domingo, 12 de junho, vão abrir 15 restaurantes em Moscovo ao longo do dia (e as filas que já se formaram são menores do que quando o primeiro restaurante McDonald’s foi inaugurado em 1990 na Rússia, como mostram imagens partilhadas no Facebook) e na segunda-feira, 13 de junho, abrem outros 50. Mas os números não vão ficar por aqui. Até ao final de junho, estão previstos mais 200 restaurantes da nova cadeia de fast-food e todos os 850 (que fecharam aquando da saída da cadeia norte-americana do país) até o final do verão.
Os restaurantes terão a nova designação “Delicioso, ponto final” (ou Vkusno & tochka, em russo), e um novo logótipo, que agora apresenta um círculo e duas linhas — representação de um hambúrguer e duas batatas fritas —, bem como os habituais preços "acessíveis", segundo Oleg Paroev, da Vkusno & tochka, referiu à agência Reuters, citada pela CNN Portugal. Mantêm-se ainda alguns clássicos, como o cheeseburger e o sundae. Já o Big Mac e os gelados McFlurry ficam de fora.
"Num futuro muito próximo, teremos uma substituição desses produtos que vai valer a pena e que, estou certo, os nossos consumidores vão gostar", disse o responsável da nova marca, que afirmou também que o objetivo é que os "clientes não notem diferença na qualidade ou no ambiente".
Ainda assim, várias alterações tiveram de ser feitas para fazer a dissociação com a marca original, nem que seja com um marcador. Nos molhos que acompanham a comida de fast food, a marca McDonald’s é tapada com um marcador, como se vê numa imagem partilhada no Twitter.
É o resultado de uma abertura em tempo recorde (passaram apenas três meses desde que a cadeira norte-americana suspendeu as operações na Rússia, a 14 de março), o que levou os russos a arranjar alternativas práticas.