Uma criança de 9 anos de nacionalidade nepalesa foi agredida pelos colegas em março deste ano, embora a denúncia só tenha acontecido esta terça-feira, 14 de maio, por Ana Mansoa, diretora do Centro Padre Alves Correia (CEPAC) Agora, o Ministério da Educação confirmou que não teve conhecimento sobre a ocorrência de violência em nenhuma escola na cidade de Lisboa.
A Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares (Dgeste) contactou vários agrupamentos escolares na ocorrência das agressões, das quais a criança terá sido alvo. A direção da escola, localizada na Amadora, onde alegadamente, o episódio violento terá ocorrido, não reconhece qualquer agressão descrita à que foi denunciada e menciona que os únicos alunos de nacionalidade nepalesa estão inscritos e a frequentar o ensino secundário, não apresentando, assim, a idade que foi noticiada.
O episódio violento terá tido origem em agressões físicas e verbais com motivações xenófobas e racistas por parte de cinco colegas, que proferiram frases como “vai para a tua terra”, “tu não és daqui”. O vídeo da agressão terá sido gravado por outro colega e compartilhado na rede social WhatsApp.
Esta quarta-feira, 15 de maio, o CEPAC garantiu que o caso foi denunciado ao Ministério Público. “Os factos foram disponibilizados às autoridades competentes, a quem caberá fazer o seguimento da situação”, refere a instituição sem fins lucrativos, que presta auxílio a migrantes e refugiados, como cita a Rádio Renascença esta quinta-feira.