Portugal regista já 34.885 infetados e 1.485 mortos pelo novo coronavírus. São estes os novos dados avançados pela Direção-Geral da Saúde (DGS) no boletim epidemiológico desta segunda-feira, 8 de junho. Estes números representam um aumento de 192 infetados (uma taxa de aumento de 0,6%), enquanto as vítimas mortais registadas são mais seis do que as de ontem.

Estes dados são atualizados no mesmo dia em que se sabe que políticos, especialistas e parceiros sociais vão reunir-se esta segunda-feira no Infarmed, em Lisboa, para fazer a análise da evolução da curva epidémica da COVID-19 em Portugal.

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Esta reunião é uma iniciativa levada a cabo pelo primeiro-ministro António Costa, que junta também o Presidente da República, o presidente da Assembleia da República e os líderes de todos os partidos com assento parlamentar na assembleia. Neste encontro, "será aprofundada a análise dos dados relativos às primeiras duas fases do desconfinamento", segundo escreve o jornal "Público", citando a agência Lusa.

A reunião surge na mesma altura em que as regiões de Lisboa e Vale do Tejo preocupam os especialistas, ainda que Marta Temido, ministra da Saúde, já tenha garantido que a situação está controlada.

 "É muito provável que o número de casos em Lisboa e Vale do Tejo venha a crescer nos próximos dias", disse Marta Temido na conferência de imprensa de sábado, 6 de junho. No entanto, mesmo com o aumento de casos expectável na região nos próximos dias, a ministra afasta a adoção de "medidas mais restritivas" em Lisboa e Vale do Tejo.

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De acordo com estas declarações, está, para já, de lado a ideia de implementar uma cerca sanitária ou impedir a circulação para fora do concelho nos próximos dias. Estas notícias surgem nas vésperas de uma semana com dois feriados, com muitos portugueses a marcar férias para esta altura. Marta Temido explicou que as autoridades não têm "ainda a perceção exata" da dimensão dos casos em Lisboa e Vale do Tejo, e assumiu que a situação provoca "algum estado de alerta".

Esta sexta-feira, e também devido ao aumento de casos na região, já foi divulgado que os hospitais dos concelhos de Lisboa, Amadora, Sintra, Loures e Odivelas vão voltar a suspender cirurgias e consultas não urgentes, uma medida que já tinha sido imposta pelo governo em março deste ano.