Portugal pode estar prestes a aliviar as restrições relativas à COVID-19, à semelhança do que têm feitos outros países da Europa. A Direção-Geral da Saúde (DGS) está a estudar o alívio das restrições, conforme avançou à CNN Portugal. A comunidade médica também concorda com o fim de algumas restrições e aponta para esse processo já em fevereiro.
"Em princípio, a partir do fim desta onda de Ómicron, no final de fevereiro, poderá ser a altura em que vamos consideravelmente levantar as medidas, passaremos para uma vigilância não tão apertada da COVID-19", afirmou ao mesmo canal de informação o presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública, Gustavo Tato Borges.
A opinião é partilhada por outros especialistas, como é o caso do epidemiologista da Universidade do Porto, Óscar Felgueiras, que acrescenta que os níveis de vacinação em Portugal acabam por "conferir maior imunização" como fator decisivo para avançar com o levantamento das restrições.
Contudo, é sublinhado o facto de tratar-te precisamente de um alívio das medidas e não do fim da pandemia ou da passagem a endemia, frisa o médico especialista em saúde pública, Bernardo Gomes.
Os especialistas defendem que o levantamento seja feito por fases e em cima da mesa colocam vários cenários, sendo dois deles o fim do "uso regular do certificado no quotidiano" e deixar de usar o teste de PCR de "forma tão generalizada", reservando-o apenas para situações excecionais. Quanto às máscaras, poderão deixar de ser obrigatórias, mas aponta-se para um uso por “solidariedade” de forma a proteger os mais vulneráveis.
Em breve, e após o pico da pandemia, os especialistas consideram que pode ainda ser determinado que "os contatos de risco e positivos não serão isolados" — medida implementada esta quarta-feira, 2 de fevereiro, na África do Sul, avança a CNN Portugal.
O futuro está em aberto, mas o que é certo é que vários países europeus, como Finlândia e a Dinamarca, já começaram a aliviar medidas, apesar do elevado número de casos e da expansão da linhagem BA.2 da variante Ómicron (mais contagiosa do que a original) e já detetada em 57 países, de acordo com os dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) esta terça-feira, 1, citados pelo "Expresso".