Em Portugal já foram atingidas todas as fases de desconfinamento — com algumas exceções no País — e o mesmo caminho está a ser percorrido por outros países, como é o caso do Reino Unido. Contudo, o presidente do Turismo da Região de Lisboa e diretor geral do Turismo de Lisboa, Vítor Costa, prevê que o turismo na capital tenha uma recuperação lenta, que só deverá alcançar os números desejados em 2023.
"A médio prazo, a partir de 2022, esperamos um crescimento e esperamos atingir os números que tínhamos [antes da pandemia da COVID-19] em termos globais talvez em 2023", disse o responsável pelo Turismo da Região de Lisboa, de acordo com a TVI24, que cita a agência Lusa. A recuperação, além de lenta, será desigual, aponta o presidente. Isto porque Lisboa tem espaços mais urbanos, mas também de praia "que têm outra lógica".
A hotelaria tem feito um esforço por atrair os turistas para ambas as zonas, e exemplo disso são campanhas criadas precisamente para usufruir ora da uma piscina no centro de Lisboa, ora da praia em Cascais, no distrito de Lisboa.
Outros incentivos são feitos na área da cultura, com entradas gratuitas, por exemplo, na exposição "A Vez das Deusas", do Museu do Oriente, ou no B-MAD.
Ainda que nos próximos meses se espere uma melhoria do turismo na região relativamente aos primeiros meses do ano, Vítor Costa mantém-se realista e cauteloso quanto às expetativas, e não espera “que seja um verão excecional”. No entanto, tudo pode mudar.
"Os nossos turistas 'normais' vêm passar dois, três dias, fins de semana. Já se verificava essa tendência, de cada vez as reservas serem mais em cima da hora, e agora, por causa das razões da insegurança que ainda existe sobre as medidas relativas à pandemia, essa tendência ainda é maior", afirmou. Em aberto está ainda a relevância dos congressos no setor do turismo, que apesar de ter dado sinais de recuperação, muitas marcações "já estão a ser adiadas para 2022".
Um dos principais mercados de Lisboa é o brasileiro, que, devido ao agravamento da situação pandémica no país, "este ano vai ser irrelevante" e poderá estender-se até ao próximo, destaca o diretor geral do Turismo de Lisboa.