Pelo quinto ano consecutivo, Ana Garcia Martins é uma das 25 Mulheres Mais Influentes de Portugal. O prémio, atribuído pela Executiva,  distingue mulheres que se destacam em áreas tão distintas como negócios, política, ciência, artes e cultura, media e justiça.

Esta distinção, atribuída esta terça-feira, 25 de maio, coincidiu com a divulgação do Estudo Figuras Públicas e Digital Influencers 2021, elaborado pela Marktest, no qual Ana Garcia Martins é a influenciadora digital com maior notoriedade em Portugal. 

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Numa altura em que começa a contagem decrescente para a celebração da maioridade do seu blogue, A Pipoca Mais Doce (a plataforma fará 18 anos em janeiro próximo), a influenciadora digital e humorista de 40 anos reflete sobre a distinção atribuída pela Executiva, que chega também no final de uma fase complexa da sua vida pessoal (Ana Garcia Martins e o empresário e também influenciador digital Ricardo Martins Pereira separaram-se ao fim de uma década de casamento).

Vence esta distinção pelo quinto ano consecutivo. É sempre uma surpresa?
Sempre que recebo o mail, todos os anos, a dizer "parabéns, foi considerada uma das 25 mulheres mais influentes do País", eu penso: "eh pá, 25 é um número reduzido, nós ainda somos muitas mulheres em Portugal". Estar entre as 25 mais influentes é uma surpresa, sobretudo porque, tendo em conta as mulheres que estão aqui, da área da ciência, da política, empresarial, sinto-me um bocadinho o fim da cadeia alimentar. Eu só tenho um blogue, faço humor, tenho uma página de Instagram... Mas não deixa de ser um orgulho que essas áreas sejam tidas em conta e com potencial para influenciar positivamente as pessoas.

ana garcia martins a pipoca mais doce
créditos: Paulo Alexandrino

Depois de um ano particularmente difícil, para si e para toda a gente, ter um reconhecimento destes pelo seu trabalho sabe especialmente bem?
Sabe, claro que sim. Para já, têm sido anos absolutamente atípicos. Houve muitas coisas más para todos nós. A mim trouxe-me alguma desesperança e, no meio disto tudo, haver uma coisa tão positiva como esta, claro que é muito gratificante. Só posso ficar feliz por, ao fim de tantos anos — o blogue tem quase 18 anos — continuar a ser reconhecida. É ótimo e só me dá mais força para continuar, para tentar fazer coisas novas, para me reinventar. Porque não é fácil nesta área. Vejo isto como um incentivo para continuar.

A Ana teve uma exposição sem precedentes, diferente da que tinha, por causa do seu papel como comentadora do "Big Brother". Nesta fase mais complicada da sua vida pessoal, ter tido um foco muito maior de atenção sobre si tornou-se, em algum momento, assustador?
Não sei se a palavra certa é assustador, mas claro que fez com que me apetecesse estar menos exposta. O facto de estar permanentemente numa rede social faz com que esteja muito exposta. A televisão trouxe-me outro tipo de exposição, maior, mas não necessariamente melhor. Foi todo um novo mundo ao qual ainda me estou a habituar e, quando passas por algumas coisas menos boas, eu pelo menos senti a necessidade de dar um passo atrás. De ter uma postura, não escondida, mas mais refreada. Precisei de um tempo para mim, para pensar um bocadinho na minha vida, nos passos a tomar, o que acho justo e legítimo. Independentemente de viveres de uma rede social e de estares muito exposto, acho que também tens direito a esses momentos, em que não te apetece expor tudo.

A TVI vai estrear um novo reality show, "O Amor Acontece". Não sabemos se vai haver comentadores... e a Ana?
Sei exatamente o mesmo que você, que é nada! Sei que vai haver um reality show ligado ao amor, mas não houve qualquer contacto até agora. Não sei qual será a dinâmica, mas penso que não farei parte. Este programa não será o meu regresso à televisão.

Havendo um novo "Big Brother" ainda este ano ou em 2022, estará disponível para comentar?
Claro que sim, vamos embora! É uma coisa que eu adoro fazer. Sempre o fiz a título pessoal nas minhas redes sociais. De repente, ser paga para fazer uma coisa que eu adoro é absolutamente espectacular! Se o convite surgir, estou mais do que disponível.

Via-se a fazer algum formato em televisão?
Nunca tive essa aspiração da televisão. Adorei fazer o projeto do "Big Brother", divertiu-me imenso, mas não tenho nada projetado nem há nada, assim de repente, que eu me imaginasse a fazer na televisão.