Todas as noites, às 22h30, Kelly Bailey veste a pele de Maria Rita — uma miúda do campo, sem papas na língua, que tem vindo a conquistar os telespectadores da TVI, desde outubro de 2020, na novela "Bem Me Quer", agora na reta final.

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No entanto, cerca de um ano depois do arranque da produção da estação de Queluz de Baixo, esta quarta-feira, 27 de outubro, a MAGG decidiu esquecer (salvo seja) a personagem e conhecer melhor a atriz que lhe dá vida.

Da (ausência de) maquilhagem nas gravações à pressão no que à imagem diz respeito, passando pelo ambiente na TVI e, ainda pela relação com Lourenço Ortigão, neste artigo, nada fica por contar.

Com apenas 23 anos, Kelly Bailey já protagonizou três novelas da TVI ("A Herdeira", "Prisioneira" e, atualmente, "Bem Me Quer") e é a cara de várias marcas internacionais. No entanto, esta semana, de 25 a 29 de outubro, o destaque vai para a Maybelline e para a Pluricosmética, que vão dominar o Instagram da atriz, com dicas e produtos sugeridos pela própria, ao longo da campanha "Kelly's Week"

"Normalmente, vêem-me sempre em personagem e a Maybelline permite-me ter uma ligação direta com as pessoas. Aqui, sou a Kelly. Sou eu que estou a falar sobre os produtos de que mais gosto", explica a atriz, que já trabalha com a marca de cosmética há cerca de 4 anos.

"Já gostava de maquilhagem, mas não dominava, longe disso", conta. "No dia a dia, vou alterando muito a rotina de maquilhagem. Mas há alguns produtos que são de eleição. Gosto muito de blush e gosto muito de uma boa máscara de pestanas", acrescenta, destacando a máscara SkyHigh como uma das suas favoritas.

"As sobrancelhas são a primeira coisa em que reparo quando me vejo na televisão", confessa. "Sou obcecada por sobrancelhas. Uso o Tattoo Brow, da Maybelline. Posso não usar maquilhagem, mas isso está sempre lá", completa.

"Quem diz o contrário está a mentir"

Kelly Bailey revela que, quando se estreou no mundo da ficção, na pele de Francisca Sacramento, na novela "Única Mulher", da TVI, tinha apenas 16 anos — e aí sim, a imagem era uma das suas preocupações. A atriz explica que, com o tempo, tem conseguido descartar a pressão de "ficar bonita" no ecrã.  Até porque, diz, "não é de todo o mais importante".

"Comecei muito nova e tive de aprender a lidar com a pressãoHoje em dia, consigo não me preocupar com isso e sou muito mais feliz. Até porque o que é estar bonito? O que é um corpo ideal? Isso existe? Tento mesmo refletir sobre isso", diz. "Estou num meio em que trabalhamos com a imagem, logo existe essa pressão, e quem diz o contrário está a mentir".

Já na pele de Maria Rita, na novela "Bem Me Quer", não usava praticamente maquilhagem e continuava confortável em frente às câmaras. "Na Maria Rita, não tinha maquilhagem. Tinha as sobrancelhas feitas e blush. Mais nada", conta.

"É engraçado, porque, quando me apresentaram a Maria Rita, não era bem aquilo que foi feito", revela Kelly Bailey. "Era muito parecida a uma personagem que já tinha feito, que era a Luz, n' "A Herdeira". Era diferente, mas era muito aquela rapariga do campo, bruta, que dava para fazer se não fosse eu", acrescenta. "Eu é que quis pintar o cabelo de castanho. Criámos esta Maria Rita, uma miúda do campo, e fugimos ao loiro para fugir à minha imagem pessoal, à imagem da Kelly".

"Foi a primeira novela em que me senti mesmo confortável"

À MAGG, Kelly Bailey explica que a novela "Bem Me Quer", que ainda faz parte da grelha de programação da TVI, "foi muito diferente de tudo o que já tinha feito". Neste caso, não por ser protagonista, já que a "Bem Me Quer" perfaz a terceira novela protagonizada pela atriz.

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"Não sinto um peso extra [por ser protagonista], mas acho que é porque desempenhei esse papel desde muito cedo. Acho que quando fiz a primeira ["A Herdeira"], sim, mas rapidamente percebi que precisamos de todos para que o projeto funcione. Protagonista ou não, é só mais uma personagem. Sem as personagens de todos os outros, a minha não serve de nada", explica.

"Já na carga horária, muda tudo. Quando és protagonista, gravas muito. Nós trabalhamos 12 horas por dia e a protagonista trabalha, normalmente, todos os dias. De segunda-feira a sexta-feira".

A atriz conta, ainda, que a pandemia contribuiu para que a novela se tornasse ainda mais marcante.

"Foi um projeto muito importante. Foi especial, porque surgiu logo depois da pandemia. Lembro-me de ainda estarmos em confinamento e de trabalharmos por Zoom. Havia uma grande vontade de voltar ao trabalho [presencial] nessa altura. Estávamos com saudades de ver pessoas, de abraçar, de beijar. E, no fundo, de trabalhar". 

O "par" com José Condessa e Bárbara Branco em "Bem Me Quer"

Kelly Bailey protagonizou "Bem Me Quer", ao lado de José Condessa e Bárbara Branco, namorados fora do ecrã. No entanto, se, em cena, os três jovens vivem um triângulo amoroso, com ódio e desamores à mistura; quando o realizar grita 'corta', a amizade permanece, garante.

Bárbara Branco, namorada de José Condessa, estava presente nas gravações, mas Kelly conta que o ambiente entre os atores nunca se revelou desconfortável. Antes pelo contrário, "até ajudou".

"Eles estão muito habituados a trabalhar juntos enquanto casal. Por isso, acabou por nunca existir nenhum desconforto. São atores e estão muito habituados a isso. E tenho uma ótima relação com eles. Com o Zé, então, já tinha há muitos anos. Portanto, houve essa tranquilidade. E também os trouxe um bocadinho para a minha vida, mesmo em casa com o Lourenço".

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"Dou-me muito bem com o Zé. Estava à vontade [nas cenas mais íntimas], mas, também por ter sido gravada em tempos de COVID-19, acabámos por não ter muitas e de fugir um bocadinho disso. Havia muito amor presente, mas não tínhamos de recorrer ao físico", explica.

Triângulos amorosos à parte, Kelly destaca o bom ambiente no set de gravações. "O ambiente da 'Bem Me Quer' era incrível. Acho que toda a gente tinha muita vontade de trabalhar e, claro, também havia quem tivesse medo de não ter trabalho, porque a nossa área sofreu muito com a pandemia, infelizmente. Sentimo-nos todos uns sortudos por ali estar", explica.

"É uma brutalidade o que temos de fazer ali por dia"

"Eu defendo muito as novelas. Sei que quem tem algum preconceito contra novelas é porque nunca fez nenhuma. Quem não gosta normalmente nunca fez. Uma coisa é não gostarmos do resultado final ou da história, mas [fazer uma novela] é muito exigente. Eu faço e tenho noção do trabalho que implica e de todos os profissionais que ali estão".

"Estamos a falar de algo muito exigente, são 200 episódios. Não é uma série de 5, 6, 10 ou no máximo 15. É uma brutalidade o que temos de fazer ali por dia", acrescenta a atriz.

No entanto, apesar de defender a produção de novelas, Kelly admite que, em casa, não é a maior consumidora do produto final. "Vou ser sincera, tento sempre perceber o que é que está a dar na televisão, perceber o que está a acontecer, mas acabo por não ver todos os dias. Passo muitas horas a gravar e, quando chego a casa, preciso de desligar. Como é muito intenso, é a minha forma de conseguir separar a vida pessoal do trabalho".

"É essencial ter vida fora dali, porque acaba por ser uma mais valia também para o trabalho. É preciso ter tempo para a família, para sair com os amigos e para namorar", remata.

No que à vida amorosa diz respeito, Kelly Bailey e Lourenço Ortigão estão juntos há quatro anos, desde 2017, e trabalham atualmente em estações televisivas concorrentes, na TVI e na SIC, respetivamente. No entanto, à MAGG, Kelly garante que não existe rivalidade.

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Ao fim de 12 anos no canal, Lourenço Ortigão saiu da TVI e oficializou um novo contrato com a estação de Paço de Arcos. "Foi ótimo. Estou muito feliz por ele. Apoio a 100 por cento. Tentamos ao máximo separar as coisas. É ótimo tê-lo como ator em casa, dá para me ajudar quando preciso e isso é muito bom", avança a atriz.

"A concorrência que existe nunca é passada para nós. Eu não trabalho para fazer audiências. Claro que gostamos de saber que muita gente nos vê, mas não é o nosso foco. Eu quero o melhor para o Lourenço e ele quer exatamente o mesmo para mim", afirma Kelly. "Já trabalhámos juntos, mas hoje em dia optamos por fazer com que cada um tenha o seu próprio caminho. Houve muito essa necessidade, existe um vida fora disto", remata.

Kelly Bailey
créditos: Maybelline x Pluricosmética / João Paulo

Kelly revela tudo (o que se pode saber) sobre "Trezes"

Terminadas as gravações da novela "Bem Me Quer", Kelly Bailey abraçou imediatamente um novo projeto. Desta vez, "Trezes", um novo telefilme da TVI.

"É um registo diferente, é passado nos anos 70 e eu sempre quis trabalhar épocas, portanto estou muito feliz", adianta a atriz, que acrescenta que se trata de "uma adaptação de um conto de Lídia Jorge" e que a sua personagem tem cerca de 19 anos.

Ainda não há, até ao momento, qualquer data de estreia confirmada para o telefilme "Trezes", mas a atriz revela que já está a preparar novos projetos.

Em relação ao futuro, Kelly Bailey garante que não descarta trabalhar em cinema ou em teatro, já que acredita que um ator deve ser, acima de tudo, versátil.

"Em Portugal, acho que a nova geração tem trabalhado um bocadinho nesse sentido. A coisa de ir só para o teatro, de ir só para o cinema já não existe. Acho que os atores devem ser versáteis e devem conseguir encaixar-se um bocadinho em tudo", explica.

"Obviamente que ultimamente me têm visto mais em televisão, porque quando se faz um projeto televisivo, ainda mais como protagonista, por mais que eu queira fazer outras coisas, é impossível. Já tive de recusar projetos porque não tenho tempo. Isto fora da televisão. Não dá para fazer novela e outra coisa ao mesmo tempo. Mas acho que todas as áreas são boas. Televisão é uma grande escola, porque não existe ritmo como aquele. Depois daquilo, estamos preparados para tudo".

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