Se o desejo sempre foi ir até Itália mas a carteira nem sempre ajudou, pode ser que o novo Corleone sirva de consolo - e, confessamos desde já, que serve (e muito). Situado mesmo na Baía de Cascais, com o mar a ser a vista de eleição e o Hotel Baía mesmo atrás, o novo restaurante, que abriu há pouco menos de um mês, promete fazer todos os clientes mergulharem numa tradicional gastronomia italiana, onde inovações e twists culinários não fazem parte da ementa.
E, na verdade, não é para menos. Mesmo no primeiro piso do Hotel Villa Cascais, assim que se entra pelo Corleone Ristorante al Mare (e não, o nome não provém da máfia italiana e sim de uma pequena região deste país) adentro, o propósito é que o cliente só respire Itália, mais concretamente toda a Costa Amalfitana. Toda a arquitetura e decoração do espaço foi feita com esse propósito, onde os amarelos, os verdes, os azuis e a terracota são as cores de eleição. “Queríamos que a pessoa entrasse e se sentisse imediatamente na Itália”, disse Miguel Garcia, dono do restaurante.
Além disso, existe mesmo um limoeiro no meio da esplanada do espaço, e todos os detalhes, como os quadros espalhados pelas divisões com imagens que lembram o verão italiano, foram pensados para fazer o consumidor viajar, mesmo estando numa das vilas mais famosas de Portugal. A própria esplanada complementa as cores e a decoração do espaço interior, com todas as mesas a terem uma vista privilegiada para a água que banha a Baía de Cascais.
“Pegámos mesmo pelo Sul da Itália. Fomos buscar várias referências da Costa Amalfitana, Sicília, ambientes no fundo com restaurantes positanos, em cima do mar. Restaurantes al fresco, as cores, tudo, e chegámos aqui”, diz Miguel Garcia. “Em Cascais faltava um italiano italiano, quando digo italiano italiano digo com os antipasti, os primi, os secondi e os dolci. Não um italiano só com carpaccio, pizza ou carbonara”, acrescenta. “Seguimos à risca a tradição."
Espreite o espaço.
E seguiram mesmo. Para as entradas, as famosas antipasti, o Corleone dá ao cliente a opção de escolher entre sete diferentes, com especial atenção para o vitello tonnato (lâmina de vitela, molho de atum e salada frisé, 16€), crudo di tonno (crudo de atum, mascarpone, gema de ovo e alcachofra, 17€), e o arancini (risoto crocante, tomate, manjericão e mozzarella, 12€), todos os quais a MAGG teve a oportunidade de experimentar. O preferido foi, sem dúvidas, o vitello tonnato, que, acompanhado pelo cocktail basilico al limone (gin Beerfeater, Italicus, Limoncello, limão e espuma de manjericão, 13€), fizeram com que as expectativas para o resto da refeição fossem elevadas.
E como não é possível ir a um restaurante italiano sem provar as massas, que na ementa são as primi, o Corleone tem 10 variedades para todos os gostos. Com os preços a variar entre os 20€ (cacio e pepe/gnocchi alla fontina) e os 35€ (spaghetti all’Aragosta), o difícil é escolher aquela que nos transportará até Itália, mas a eleita foi a spaghetti alle Vongole (spaghetti com amêijoas, butarga, alho e azeite, 26€). Com o mar ao longe a fazer desviar o olhar, é com estes pratos que o novo restaurante promete fazer com que qualquer cliente se esqueça de que está em Portugal - inclusive nós.
Para pasta fresca, o restaurante tem disponível o cavatelli all’Arrabiata (gnocchetti de semolina, polvo e tutanto, levemente picante, servido com miolo de pão crocante, 26€), tortellini burro e salvia (tortellini de vitella, manteiga e sálvia servidos com ragu de cogumelos porcini, 22€) e gnocchi alla Fontina (gnocchi de batata com molho rosé de tomate San Marzano e queino Fontina, 20€).
Dos secondi, o Corleone dá três opções de peixe e cinco de carne, por isso dá para ver que a ementa é vasta e para todos os gostos. Do pesce, estão disponíveis o gamberoni aglio e olio (camarão grelhado sobre risoto de limão, 28€), polpo ai ferri (polvo grelhado servido com berinjela assada, 28€), e o branzino (lombo de robalo grelhado, curgete ao forno e molho de marinara, 29€).
Já da carne, é possível escolher entre polpettone (rolo de carne clássico com molho rosé, tagliolini, manteiga e sálvia, 27€), ossobuco di vitello (ossobuco de vitela servido no próprio molho, acompanhado de risoto de açafrão, 28€), tagliata (bife de novilho laminado, batata e salada de folhas crocantes, 28€), milanese (costeleta de vitela crocante, rúcula, tomate fresco e mozzarella, 28€), e scaloppine ai funghi (escalope de lombo servido no próprio molho, risoto de cogumelos porcini, 30€).
No entanto, há ainda seis sobremesas para satisfazer as maiores gulodices dos clientes. Todas elas com o seu toque italiano, a MAGG experimentou o tiramisù (biscoitos savoiardi, creme de mascarpone, café e cacau, 12€), os profiteroles (massa choux com craquelin, gelado de nata e calda de cacau, 12€) e a meringata ai frutti di bosco (merengue italianos, mousse de chocolate branco, frutos vermelhos e coulis de morango, 13€), e quem for visitar o Corleone é quase que obrigado a pedir uma destas sobremesas. Todas feitas com ingredientes caseiros, os dolci do novo restaurante prometem ser a maneira perfeita para se despedir de uma boa refeição, com o desejo de voltar para mais.