Apesar de os bares e discotecas já terem recebido ordem para voltar a abrir portas, as novas medidas de segurança impostas pela COVID-19 ditam que estes espaços só podem funcionar com as regras dos restaurantes e dos cafés. Traduzindo, pode esquecer a pista de dança nos próximos tempos. Mas, calma: temos solução para tudo.
É verdade que ainda não pode dançar noite fora, mas não há nada que o proíba de beber um copo e provar a melhor comida ao som de música ao vivo, num espaço com uma vista incrível do rio Tejo. E é justamente essa a proposta do Ōkah, que reabriu com novidades na carta e uma nova configuração.
Aberto desde 2018, este espaço irreverente no edifício LACS, em Alcântara, marcou desde logo pela diferença. Afinal, não é todos os dias que vemos nascer um rooftop e um restaurante dentro de contentores, exatamente iguais aos que vemos nos barcos de mercadorias, quando olhamos para porto de cargas junto ao rio. Desde a sua abertura que o Ōkah se dividiu na zona de bar, onde a pista de dança e os DJ residentes tratavam das noites de diversão, e uma segunda zona de restaurante, com comida de inspiração asiática.
Devido ao contexto atual de pandemia, tudo isto mudou. Depois de um encerramento forçado imposto pelo estado de emergência, o Õkah rebriu com uma nova configuração: as mesas do restaurante foram aumentadas para todo o comprimento do espaço, ocupando também a zona do bar, oferecendo mais distanciamento social e segurança. O foco principal é agora a comida (se bem que pode beber um copo mesmo depois das 20 horas, desde que o acompanhe com um snack), e foi justamente na carta que o chef Luís Barradas e a sua equipa se concentraram.
Com uma "cozinha internacional de alma portuguesa", tal como o chef descreve, a nova carta de verão do Õkah faz-se à base de petiscos e pratos para partilhar, com grande recurso a ingredientes da época e nacionais, tais como os peixes do Sado, o berbigão, a pera e o queijo de Azeitão, combinados com sabores mais exóticos e internacionais.
Na carta, pode encontrar opções como os rissóis de berbigão panados em panko (4€, 2 unidades), o tártaro de carapau com molho ponzu e gengibre, envolto num papari de cominhos (9€), ou os mexilhões thai, abertos em leite de coco e pasta de caril verde (7€), entre muitas outras sugestões, com alternativas vegetarianas e pratos de carne. Sobremesa? Tem mesmo de provar a pera bêbeda cozida em moscatel de Setúbal, com gelado de queijo de Azeitão e crumble de bolacha da Piedade (6€).
Mas uma das grandes novidades a que os amantes de gastronomia não vão resistir é a introdução do menu de degustação, feito de seis momentos, incluíndo sobremesa. Somente por reserva, este menu não é estanque e, em conjunto com o chef e a equipa do restaurante, pode chegar ao resultado final informando as suas preferências e restrições alimentares.
Em pleno verão, uma das propostas do chef Luís Barradas para este menu (e que a MAGG teve oportunidade de provar) assenta no peixe e em pratos frescos, com crus à mistura: sashimi de fataca e batata doce da Comporta; tártaro de carapau e papadum de cominhos, degustação sushi to sashimi de atum rabilho (com uma geleia de wasabi do outro mundo); vieiras com puré de tupinambur e cogumelos shimeji; fataca maturada com arroz carolino de limão com bivalves e algas do sado; e a pêra bêbada.
Todos estes pratos existem na carta, se os desejar provar individualmente, mas são uma das sugestões para a composição do menu de degustação, que tem um custo de 40€ por pessoa, sem bebidas. Caso queira acrescentar wine pairing, este tem um valor de 20€ por pessoa. Para além de todas estas opções, o Õkah é ainda conhecido pelos seus cocktails, com muito por onde escolher.