Distanciamento físico de dois metros entre pessoas, circuitos próprios e separados para entradas e saídas e compra de ingressos por via eletrónica. Estas são algumas das novas orientações para a utilização de equipamentos culturais divulgadas esta quinta-feira, 28 de maio, pela Direção Geral de Saúde (DGS). As recomendações surgem a poucos dias da reabertura de espaços culturais, que acontece já na próxima segunda-feira, 1 de junho.

Salas de espetáculos e museus fazem parte da lista de espaços com novas orientações e são também alguns dos que já começaram a vender bilhetes para o tão aguardado regresso depois de mais de dois meses parados. Um dos exemplos é o espetáculo "Deixem o pimba em paz", com Bruno Nogueira e Manuela Azevedo, que vai ocupar metade da lotação do Campo Pequeno nos dias 1 e 2 de junho.

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Para junho já está também prevista mais uma sessão de "Monólogos da Vagina" no Teatro Armando Cortez, a reabertura da exposição "Meet Vincent Van Gogh" no Terreiro das Missas em Belém e ainda um concerto de Dino Santiago no Campo Pequeno.

Para qualquer uma destas situações, as orientações da DGS revelam quais as medidas necessárias a adotar, quer pelos espaços, quer por quem os frequenta. Se está a pensar retomar às salas de espetáculos e exposições, eis o que pode esperar e também como deve proceder, de acordo com a DGS:

  • Os equipamentos culturais, integrados ou fiscalizados por serviços e organismos da área da cultura ou municipais devem ter implementadas medidas de distanciamento físico que garantam a separação de 2 metros entre pessoas.
  • As entradas e saídas, sempre que exequível, devem ter circuitos próprios e separados, evitando o contacto entre pessoas.
  • Em espaços fechados, em cumprimento da legislação em vigor, deve ser utilizada máscara por todos os utilizadores e colaboradores, excetuando-se os membros dos corpos artísticos durante a sua atuação em cena.
  • Sempre que possível, as portas de acesso devem permanecer abertas para permitir a passagem de pessoas, evitando o seu manuseamento.
  • As áreas de espera e de atendimento devem ser organizadas por forma a evitar a formação de filas, garantido o distanciamento de 2 metros entre pessoas que não sejam coabitantes.
  • O contacto com objetos que estejam na posse dos utilizadores, tais como telemóveis, bilhetes ou cartões, deve ser evitado. Sempre que o mesmo seja indispensável, deve ser realizada a higienização das mãos antes e depois do contacto.
  • Deve ser reforçada e dada preferência à compra antecipada de ingressos por via eletrónica e aos pagamentos por vias sem contacto, através de cartão bancário ou outros métodos similares.

Caso a caso, como vai funcionar cada espaço cultural

Além de estabelecer medidas gerais, a DGS faz recomendações especificas para cada espaço, desde o cinema aos espaços ao ar livre. De forma sintetizada, a MAGG revela como vai funcionar cada um deles de forma a proteger os artistas e o público da contaminação com COVID-19.

No caso das salas de espetáculos, de exibição de filmes cinematográficos e similares, o documento refere que deve haver um lugar livre entre espectadores que não sejam coabitantes, "sendo a fila anterior e seguinte com ocupação de lugares desencontrados". No que diz respeito aos camarotes, estes só devem ser ocupados por coabitantes quando tenham 6 ou menos lugares e quanto aos lugares de galeria só podem ser utilizados com lugares sentados.

Nestas salas, as entradas e saídas devem ser feitas por entradas diferentes, de forma a evitar o cruzamento entre espectadores. No mesmo sentido, é aconselhado que se evite a realização de intervalos.

Quanto às livrarias, arquivos e bibliotecas, a DGS refere que "a lotação máxima deve ser definida de forma a garantir o distanciamento físico entre os visitantes" e os lugares devem garantir o distanciamento de pelo menos 2 metros entre pessoas que não sejam coabitantes.

Nos museus, palácios, monumentos e similares a lotação máxima também deve ser ajustada e a "entrada de pessoas deve ser efetuada de forma individual e espaçada", diz o documento, acrescentando que "se necessário, podem ser instituídos limites temporais de entrada e de visita, adaptados à dimensão do equipamento cultural".

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Por último, sobre os recintos de espetáculos ao ar livre, deve haver um ingresso mesmo que o evento seja gratuito — tal como já está a acontecer com inúmeros espetáculos em formato drive-in — e os lugares devem estar previamente identificados, devendo ser respeitado um distanciamento físico de 1,5 metros. Também neste caso, os intervalos devem ser evitados.

Pode ler o documento com as orientações da DGS na integra aqui.