De acordo com dados do CareerBuilder, um dos mais visitados sites de emprego dos Estados Unidos, em 2017 40% dos trabalhadores faltaram ao trabalho e mentiram quando disseram que estavam doentes. O número subiu em relação a igual período do ano passado, altura em que se fixava nos 35%. Em 2015 foram 38%. De acordo com a pesquisa, as mulheres mentem mais vezes (43%) do que os homens (35%).
Os motivos para faltar? Há vários e muitos deles comuns
Apesar de não estarem necessariamente doentes, para 30% dos trabalhadores que telefonaram para o trabalho a avisar que não iam, "ter uma consulta médica" é o principal motivo para passar um dia em casa. Segue-se “não ter vontade de ir trabalhar” (23%), “precisar de relaxar” (20%) e "precisar de recuperar o sono" (15%). Tratar de assuntos importantes da vida pessoal (14%), a necessidade de fazer as tarefas domésticas (8%) e planos com familiares e amigos (8%) também apareceram na lista.
A pesquisa foi realizada online por Harris Poll, entre 16 de agosto e 15 de setembro de 2017, e incluiu uma amostra de 2.257 gerentes a trabalhar a tempo inteiro e profissionais de recursos humanos, e 3.697 trabalhadores a tempo inteiro um pouco por todas as empresas do setor privado dos EUA.
As desculpas mais inacreditáveis usadas para ficar em casa
Quase três em cinco trabalhadores que têm direito a folgas remuneradas (28%) dizem que se sentem obrigados a inventar desculpas para tirar um dia de folga, embora a maioria dos empregados (54%) trabalhe para empresas que concedem esse tipo de folgas.
Quando lhes foi pedido que contassem as desculpas mais inacreditáveis que já tinham ouvido para faltar ao trabalho, foi isto que disseram.
“Um urso estava no pátio do funcionário e ele estava com medo de sair de casa.”
“O telefone do funcionário explodiu-lhe na mão, ferindo-o.”
“O funcionário engoliu um palito de dentes que estava na sua comida, servida num restaurante.”
“O funcionário partiu o braço ao lutar com uma fisiculturista feminina.”
“O funcionário ligou a dizer que estava gordo porque o uniforme não lhe servia, e que por isso não podia ir.”
“O cão do funcionário engoliu-lhe as chaves do carro, e ele ficou à espera que elas voltassem a sair.”
“O funcionário não tinha gasóleo suficiente para chegar ao trabalho.”
“O funcionário teve que marcar uma consulta de manicure de urgência porque algumas de suas unhas artificiais tinham caído.”
“O funcionário não tinha a certeza de como o eclipse solar o ia afetar, por isso decidiu que era mais seguro ficar em casa.”
Apanhados em flagrante
Mais de um terço dos chefes (38%) confirmou se os trabalhadores estavam realmente doentes, e 26% despediram um trabalhador por ter faltado ao trabalho e inventado uma desculpa falsa (em comparação com 22% do ano passado). 43% apanhou um empregado a mentir sobre estar doente ao verificar os seus posts nas redes sociais, um número superior aos 34% que se registaram em 2017.
Ao confirmar a história de um funcionário que telefonou a dizer que estava doente, 64% dos chefes exigiam um atestado médico, 46% apenas telefonava ao funcionário, 25% pedia a outro funcionário que telefonasse e 22% dirigia-se pessoalmente à sua casa.
Se está doente, não vá trabalhar
Mesmo estando doente, mais de um terço dos trabalhadores (37%) prefere trabalhar para que possa poupar os seus dias de folga e aproveitá-los quando está bem de saúde. 58% dizem ir trabalhar quando estão doentes porque, de outro modo, o trabalho não será realizado, e 48% vai trabalhar porque não se podem dar ao luxo de perder um dia de ordenado.