Provavelmente desde que a quarentena começou que calça menos sapatos ou ténis, e usa muito mais vezes chinelos, pantufas ou anda simplesmente descalço, às vezes apenas de meias. Mas será que isso é benéfico? Fará bem ao organismo ou, por outro lado, será prejudicial?

Não há uma resposta simples, porque existem vantagens e desvantagens, logo, alguns cuidados que é preciso ter para que não se torne num problema. Andar descalço é vantajoso porque "para além de respeitar as curvaturas normais do pé, o seu formato natural, que alguns tipos de calçado não favorecem, também estimula e fortalece a musculatura e o sistema proprioceptivo (de controlo de equilíbrio e estabilidade) do pé", explica o fisioterapeuta e osteopata Filipe Patrício, dono da Clínica Filipe Patrício, especializada em lesões desportivas.

Vida Ativa com Saúde. A corrida não tem de ser sinónimo de dores.
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Mas há também algumas desvantagens em andar descalço, "se o pé sofrer de alguma alteração postural (pé plano/chato ou pé cavo) e for necessário o uso de uma palmilha de correção". Nessas situações, "o facto de andar sem a palmilha e, por isso, perder o estímulo que ela oferece para compensar a alteração, ou uma palmilha de correção do comprimento do membro, caso a pessoa tenha uma perna mais curta que a outra e andar sem a palmilha vai estimular uma alteração postural e posteriormente poder ter dores de costas (mais na zona lombar)", explica Filipa Patrício. "Outra desvantagem é o facto de o pé estar mais exporto a traumatismos, pisar ou bater em objetos".

Mas haverá um tempo ideal para se andar com sapatos ou descalço? Não. Filipe Patrício reforça que há quem defenda que devíamos andar sempre sem sapatos, por uma questão ergonómica e postural, mas a verdade é que "os sapato, para além da questão estética, são também usados por uma questão de proteção de pé." O mais importante, para que se consigam prevenir problemas nos pés, é mesmo "perceber os sinais que os pés nos transmitem, ou seja, se doem, se criam calos, se a sola do sapato se gasta mais da parte de dentro ou de fora", explica o fisioterapeuta Filipe Patrício. Isso são sinais de que algo está errado, que pode haver alterações da postura corporal ou um desequilíbrio da musculatura do pé. No caso de haver alguma destas alterações, que são comuns em desportistas, o ideal é consultar um osteopata ou um médico podologista.

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