Em parceria com a companhia de software de inteligência artificial, "Element Al" e com a ajuda de 6500 voluntários de 150 países diferentes, a Amnistia Internacional analisou milhões de tweets dirigidos a mulheres americanas e inglesas na área do jornalismo e da política.

Denominado de "Troll Patrol", o estudo concluiu que a rede social era um lugar tóxico para o sexo feminino.

"Estamos a viver um momento em que mulheres de todo o mundo usam o seu poder coletivo para falarem sobre os casos de abuso que enfrentam e para ganharem mais voz dentro das plataformas sociais", lê-se no relatório.

O vestido desenvolvido para provar que as mulheres são assediadas
O vestido desenvolvido para provar que as mulheres são assediadas
Ver artigo

Ainda que sejam cada vez mais aquelas que tentam ser ouvidas, os dados revelaram que, em 2017, foram enviados mais de um milhão de comentários às 778 mulheres que integraram a investigação, reforçando que ficaram de fora da análise aqueles que foram apagados ou de contas que tenham sido desativadas.

Em média, a cada 30 segundos, uma mulher recebeu algum comentário que viola a regras da rede social, incluindo ameaças físicas ou sexuais e linguagem cheia de estereótipos negativos sobre as mulheres.

As conclusões mostram ainda que as mulheres negras apareceram 84% mais em tweets abusivos. Milena Marin, assessora sénior da Amnistia Internacional, explicou num comunicado que a rede social reprime ainda mais as vozes de quem já está a ser marginalizado.

Asia Argento: "Fui violada aos 21 anos e quero justiça"
Asia Argento: "Fui violada aos 21 anos e quero justiça"
Ver artigo

À "Time", a ativista Seyi Akiwowo, afirmou que depois de se ter tornado viral enquanto falava no Parlamento Europeu, recebeu inúmeros comentários depreciativos, que foram denunciados e aos quais o Twitter não deu qualquer resposta.

No extenso leque de observações negativas, nem as crenças políticas das mulheres estiveram livres de discriminação, por mais alargado que fosse o espetro político.

Apesar dos diversos pedidos da organização, a rede social não forneceu qualquer dado específico sobre a real escala de abuso que as mulheres enfrentam na plataforma, referindo apenas o esforço que é feito para construir um espaço de conversa pública saudável e civilizada.

Num relatório divulgado recentemente pelo Twitter, lê-se que durante os primeiros seis meses de 2018 foram reportados mais de 2,8 milhões de casos de abuso, tendo tido resposta quase 250 mil contas.

As coisas MAGGníficas da vida!

Siga a MAGG nas redes sociais.

Não é o MAGG, é a MAGG.

Siga a MAGG nas redes sociais.