O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse esta quarta-feira, 20 de maio, que o número de casos positivos de COVID-19 deste país — que vai nos 1.559.750 casos confirmados e 92 333 mortes (mais 1500 em 24 horas) — são algo bom, na medida em que refletem o bom trabalho que o país tem feito na realização dos testes.
"Quando refere que lideramos os casos, é porque fazemos mais testes do que qualquer outro país", respondeu o presidente a um jornalista. Ressalvando o facto de que os Estados Unidos são um país maior que muitos os outros, Donald Trump acrescentou que não via com maus olhos o número de infetados.
"Não vejo isso como algo mau, vejo isso, em certo sentido, como uma coisa boa, porque significa que a nossa forma de testar é a melhor", disse, citado pela CNN. "Encaro [os números] como um distintivo de honra", acrescentou, dizendo ainda que se tratava "de uma homenagem à realização dos testes e ao o trabalho que muitos profissionais têm feito."
Além disto, Donald Trump falou ainda sobre a possibilidade de suspender os voos do Brasil, que é o país que apresenta o terceiro maior número de casos positivos diagnosticados do novo coronavírus em todo o mundo. "Espero que não tenhamos um problema", disse. "Eu preocupo-me com tudo. Não quero que venham as pessoas para aqui infetar o nosso povo", disse. "Também não quero pessoas doentes por lá."
Na terça-feira, 19 de maio, Donald Trump ameaçou tornar permanente a suspensão temporária dos fundos à Organização Mundial de Saúde (OMS), referindo ainda que consideraria retirar os Estados Unidos da OMS devido a uma "alarmante falta de independência em relação à China".
“Se a OMS não se comprometer com melhorias significativas nos próximos 30 dias, tornarei a suspensão temporária de fundos à OMS permanente e reconsiderarei a nossa participação na agência”, ameaçou Donald Trump, numa carta que enviou a Tedros Ghebreyesus, director-geral da OMS, e que também partilhou na sua conta no Twitter.
“A única forma de avançar, para a OMS, é se realmente for capaz de demonstrar independência em relação à China", escreveu, na carta, onde fez várias críticas ao diretor-geral e a Pequim.