Uma mulher de 32 anos morreu após uma paragem cardiorrespiratória, depois de o seu filho de 5 meses ter morrido subitamente enquanto dormiam os dois na mesma cama. Viktorija Mardosiene chamou os serviços de emergência depois de notar que o seu bebé não respirava e apresentava uma temperatura muito fria.

A criança foi transportada para o hospital de Stafforshire, no Reino Unido, depois de terem sido feitas manobras de reanimação. Contudo após a chegada ao hospital, os médicos não conseguiram reverter a situação e o bebé foi declarado morto.

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Após ter conhecimento deste desfecho, a mãe de Kevin Deguitas decidiu encaminhar-se para a unidade de psiquiatria do mesmo hospital onde o seu filho tinha morrido. Depois de algumas horas lá internada, a mulher entrou em paragem cardiorrespiratória e acabou por morrer.

“Ela foi recebida pelo diretor-adjunto da unidade e demonstrava períodos em que estava angustiada e a chorar descontroladamente. No entanto, ela estava a interagir bem com a equipa de médicos e enfermeiros”, revelou Oluwafemi Popoola, médico especialista em psiquiatria, citado pelo “Daily Mail”.

Esta mulher apresentava também uma tensão arterial elevada, mas não tinha marcas de nenhuma automutilação ou de suicídio antes da morte do filho. Contudo, a paciente estava sempre a repetir as mesmas palavras ‘mata-me’”, acrescentou o psiquiatra que esteve envolvido na equipa de médicos que tratou Viktorija.

“Não tinha também qualquer contacto anterior com outras unidades de psiquiatria. Para acalmá-la foi apenas administrado um calmante, em dose adequada e segura” apontou ainda o médico psiquiatra.

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Entretanto foi aberta uma investigação tanto à morte do bebé de 5 meses como à morte da mulher de 32 anos. De acordo com Roger Malcomson, médico pediátrico, “não existe uma causa médica específica” para a morte da criança.

“O que nos resta é um bebé que morreu a dormir com a mãe. Após uma autópsia exaustiva, não existe uma causa médica específica para a morte. Há problemas associados à dormida conjunta, incluindo sobreposição. Existe também o risco de hipotermia e de obstrução das vias respiratórias. Mas nada revelou-se suficiente para sugerir uma causa específica de morte”, mencionou o pediatra.

Quanto à morte da mãe de Kevin, a autópsia revelou que não existiam vestígios de drogas ou álcool no seu organismo. “Não havia lesões externas. No entanto, foi encontrado uma substância semelhante a um tipo de medicação em cápsula. Contudo, não consigo identificar exatamente qual foi a causa médica que levou à morte, pois este tipo de substâncias não são tóxicas”, referiu Andrew Hitchcook, o médico de medicina legal que realizou a autópsia ao corpo de Viktorija.

No local onde foi encontrada a criança de 5 meses, as autoridades descreveram aquele ambiente como “desarrumado” e desorganizado”, com alguns indícios que alguém esteve a ingerir bebidas alcoólicas naquela habitação.

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“A casa foi encontrada num estado de desorganização. Quando cheguei ao local, para além de caixas e brinquedos espalhados pelo chão, estavam também garrafas de bebidas alcoólicas espalhadas pelo quarto. Viktorija foi submetida e um teste de alcoolemia e o resultado foi 40 mcg/ml”, apontou Craig Flowers, detetive da unidade de proteção de menores da polícia de Staffordshire.

“Testemunhas também revelaram que a mulher estava a gritar, a chorar e a expressar sentimentos suicidas. E após uma investigação foi notado algumas preocupações a nível de violência doméstico, pois há um historial de chamadas entre os serviços de urgência e o casal”, acrescentou o polícia.