Uma mulher de 26 anos fez burlas no valor de 1,5 milhões de euros entre 2019 e 2021 a sete pessoas e a uma empresa através de documentos forjados. A mulher elaborou e-mails em nome de Lacerda Sales e Diogo Serra, secretários de Estado da Saúde na altura.
A mulher, que dizia ser psicóloga, mas que nem o primeiro ano do curso concluiu, assumia ter ligações ao Ministério da Saúde, Hospital de Entre Douro e Vouga e Hospital Magalhães Lemos, no Porto. Foi condenada no Tribunal de Vila Nova de Gaia a oito anos de prisão, revela o “Correio da Manhã”.
Apesar de a burlona estar em prisão domiciliária, assumiu o crime em audiência, dizendo que é “completamente viciada em jogo”. A mulher referiu também que o seu comportamento teve um efeito “bola de neve” e que não conseguia parar. Às juízas, admitiu que o seu plano era “uma treta”, e que convenceu os burlados a serem investidores num hospital de saúde mental, sendo este um projeto do Ministério da Saúde. A mulher aliciou-os com a elevada rentabilidade do negócio.
A burlona, que movimentou o dinheiro em oito contas bancárias, e que ocultou tudo dos pais e do namorado, foi condenada por dois crimes de burla qualificada, 34 de falsificação de documentos e sete de falsidade informática. Além disso, deverá devolver os 1,5 milhões de euros aos lesados.
No Casino de Espinho, a mulher fez apostas de 53 milhões de euros, mas também fazia apostas online, tendo comprado roupas e malas da Michael Kors. Além disso, contratou um motorista privado.