Mário Machado volta a Portugal esta sexta-feira, depois de uma semana na Ucrânia e uma tentativa, sabe-se agora falhada, de se juntar ao combate no terreno. A notícia é avançada pelo "Expresso", que adianta que o neonazi mudou de ideias depois de ter ido até àquele país de leste entregar "comida". "Quis vir embora. Tinha cumprido a sua missão", disse à publicação José Manuel Castro, advogado de Mário Machado.

Este volte face acontece depois de um funcionário da embaixada ucraniana em França afirmar ao "Diário de Notícias" que Mário Machado não pode ser aceite na Legião Internacional de Defesa Territorial das Forças Armadas da Ucrânia. Segundo o coronel Sergii Malyk, adido militar da embaixada ucraniana, o país quer "impedir a infiltração de elementos criminosos e não confiáveis na Ucrânia e nas suas Forças Armadas". "Se sabem de pessoas deste tipo que queiram ir para a Ucrânia, digam. Não queremos indivíduos deste género no nosso país", disse o militar em entrevista ao mesmo jornal, garantindo que o nome de Mário Machado seria transmitido "a todos os serviços".

Adido militar diz que Mário Machado não vai lutar na Ucrânia. "Não queremos indivíduos deste género"
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Mário Machado já esteve preso por crimes de ódio racial, ofensa à integridade física, posse de arma ilegal, sequestro, roubo, coação e pelo envolvimento na morte do cidadão português nascido em Cabo Verde, Alcino Monteiro. A acumulação de crimes levou a uma condenação de dez anos de prisão em 2012 e, já na cadeia, em 2016, a mais dois anos e nove meses de prisão por tentativa de extorsão agravada. De volta a Portugal, estará novamente sujeito a apresentações periódicas às autoridades.