Das obras artísticas mais elaboradas às pinturas mais simples, do verniz normal ao de gel, há cada vez mais possibilidades no que diz respeito a arranjar as unhas. As manicures são uma das opções, até porque não faltam pequenos espaços por aí dedicados a esta arte. Problema? Um estudo concluiu que o facto de passarem horas e horas neste ambiente aumenta a probabilidade de terem um cancro.
A Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, analisou a qualidade do ar em seis salões de beleza — e as conclusões são assustadoras. De acordo com a investigação, que vai ser publicada na edição de junho da revista "Environmental Pollution", foram encontrados vestígios de metanal e de outros componentes tóxicos no ar destes salões. As quantidades elevadas foram muito além do que é considerado seguro para a saúde.
Na opinião dos especialistas, as manicures correm 100 vezes mais riscos de terem um cancro, incluindo leucemia ou linfoma de Hodgkin. A exposição prolongada é tão prejudicial como se trabalhassem numa garagem ou refinaria de petróleo.
Lupita Montoya, autora principal do estudo, decidiu realizar esta investigação depois de visitar um espaço de estética, onde era evidente o cheiro intenso que corria no ar. Na opinião da investigadora, espaços pequenos e com uma ventilação fraca — infelizmente a situação mais frequente — contribuem para a exposição aos componentes tóxicos.
Quando questionadas sobre possíveis sintomas, 70% das manicures queixaram-se de dores de cabeça, problemas de pele e irritação nos olhos.
Lupita Montoya realça ainda que não existe nenhum perigo para os clientes — o grande problema é mesmo para os estaticistas, que passam oito horas (ou mais) a inspirar estes componentes tóxicos.