Encontre um sítio tranquilo, silencioso e sem miúdos a fazer birras porque querem ver só mais dez minutos de televisão. Sente-se, acalme-se e preste atenção à sua respiração durante cinco minutos. Quanto tempo leva a inspirar? E a expirar? Os movimentos concentram-se na zona do peito ou no diafragma? Fique assim durante, pelo menos, cinco minutos e acaba de meditar pela primeira vez.
Quando se fala em meditação a tendência é associar a um prática complexa e que nem toda a gente consegue concretizar, mas tal como Sofia Mano, professora de ioga e autora do podcast “Magia é Respirar”, explica à MAGG, é mais fácil do que parece e tudo depende da disposição de cada um.
“Quando começamos é normal sentir que existe muita atividade mental, muita agitação”, explica Sofia. “Basta sentarmo-nos durante alguns minutos e mantermos o foco na respiração, observar como ela passa pelo nosso corpo e estar presente naquele momento.”
O simples facto de parar de viver a agitação do dia a dia durante cinco minutos pode fazer toda a diferença na qualidade de vida, “desde que seja uma prática regular”, garante Sofia. E a realidade é que são cada vez mais os estudos científicos que apontam os vários benefícios da meditação, tanto físicos como psicológicos.
Em 2005, por exemplo, a neurocientista norte-americana Sara Lazar, da Harvard Medical School, publicou um estudo que previa que as pessoas entre os 40 e os 50 anos que meditavam regularmente tinham uma região do cérebro semelhante à de alguém com metade da sua idade. Isto sugere que a meditação regular pode retardar a degeneração dos neurónios dessa mesma zona e tal acontece, segundo o que a professora diz à MAGG, porque o cérebro está a ser estimulado a trabalhar os níveis de concentração.
“Se for uma prática regular, a meditação vai aumentar a nossa capacidade de atenção e concentração em tudo o que fazemos”, garante a professora de ioga. “Estarmos concentrados no que quer que seja, na respiração, em sensações ou até simplesmente a olhar fixamente para alguma coisa, já nos vai dar um ponto de concentração, e é claro que isso vai aumentar a nossa concentração.”
Sofia explica ainda que este aumento da concentração traz também benefícios para a memória, o que vai ao encontro do estudo de Lazar, que concluiu que os praticantes de meditação têm um aumento de espessura da região do cérebro associada à tomada de decisões e à memória – o córtex pré-frontal. Mas se há benefício associado à meditação e que tem a capacidade de melhorar a qualidade de vida de quem a pratica regularmente é, sem dúvida, a redução dos níveis de stress.
“Não tem só a ver com facto de estarmos mais relaxados”, explica Sofia. “A partir do momento em que estamos menos stressados, há implicações enormes a nível emocional mas também a nível físico.”
Sabe-se que o stress tem impacto na saúde em geral e que pode estar associado a vários problemas cardiovasculares, a alergias, asma, a doenças de pele e até mesmo a problemas musculares. Existe inclusive uma técnica de relaxamento, o Relaxamento Progressivo de Jacobson, que pode ser utilizada no início de cada sessão de meditação para relaxar determinados músculos do corpo e reduzir a tensão muscular.
Outra das vantagens da prática de meditação é a possibilidade de aliviar a dor. Continuando nos benefícios físicos, Sofia Mano acrescenta que a redução dos níveis de stress tem implicações no sistema nervoso, que tem influencia em várias áreas do corpo.
“Ao estarmos a estimular o nosso sistema nervoso parassimpático, o responsável pelo relaxamento, também a nossa digestão se torna mais regulada”, diz Sofia. “Só o simples facto de a digestão estar mais estável vai ter implicações na forma como nos sentimos antes e depois de comer e até mesmo como nos relacionamos com a nossa alimentação.”
Claro que, apesar dos inúmeros benefícios da meditação, esta é uma prática que pode não se adaptar a qualquer pessoa, mas, para isso, é preciso começar, experimentar e perceber se é, ou não, vantajoso.
“Estes são os benefícios para a grande maioria das pessoas, mas a meditação pode não resultar para todos”, explica. “Para pessoas que sofram de patologias como ansiedade, a meditação pode até desajudar em alguns casos. Por isso é importante que cada um perceba como se sente e, se causar desconforto, não deve fazê-lo.”
Como começar a meditar
Uma das maiores dificuldade para quem quer meditar é começar. Sofia explica que, ao início, é normal que haja alguma dificuldade em começar, mas tudo depende da predisposição de cada pessoa para meditar.
“Não importa se passamos 20 minutos a meditar mas passamos o tempo todo a pensar no amanhã, isso é contraproducente”, garante a professora de ioga. “Se estivermos sentados e totalmente presentes durante cinco minutos já é mais do que suficiente, mas temos de estar predispostos a isso porque a intenção conta, e muito.”
Outra das coisas que se deve evitar numa prática de meditação é afastar os pensamentos. A ideia de uma meditação, diz Sofia, é estar presente com esses mesmos pensamentos, observá-los e saber que eles estão ali.
“Não pensar é utópico e, quando as pessoas não o conseguem fazer, acham que estão a meditar mal”, explica Sofia. “Temos de pensar porque somos ser pensantes, e ainda bem.”
Uma das formas mais simples de começar a meditar é simplesmente sentando-se num espaço calmo e focando-se, por exemplo, na respiração. Se isto parecer demasiado desafiante, existem várias aplicações que disponibilizam meditações guiadas que podem ser uma grande ajuda. A Insight Timer, disponível para os sistemas Android e iOS, é uma delas. Além disso, Sofia recomenda também as que tem nas suas plataformas digitais e as de Rute Caldeira, autora dos livros “Liberta-te de Pensamentos Tóxicos” e “Simplifica a Tua Vida”, disponíveis através do canal de YouTube da professora de meditação.
Voltaren Emulgel e Voltaren Emulgelex. Medicamentos contêm diclofenac indicados a partir dos 14 anos, em dores musculares ligeiras a moderadas, inflamação pós-traumática e a partir dos 18 anos em reumatismo degenerativo localizado. Utilizar em pele saudável. Não utilizar na gravidez. Suspender se desenvolver erupção cutânea. Leia atentamente o folheto informativo, em caso de dúvida ou persistência dos sintomas consulte o seu médico ou farmacêutico. Se não melhorar após 7 dias, consulte o médico.
Em caso de suspeita de acontecimento adverso contactar o Departamento de Farmacovigilância da GlaxoSmithKline, telf: +351 21 412 95 00.
CHPT/CHVOLT/0004/20 – 01/20