Amy Coney Barret, católica conservadora, é a escolha de Donald Trump para o Supremo Tribunal dos Estados Unidos, substituindo Ruth Bader Ginsburg, defensora e ativista pelos direitos das mulheres, que, com 87 anos, morreu 18 de setembro.
Conhecida pelas posições anti-aborto, Coney Barret tem 48 anos e, como o seu presidente, é a favor das leis de porte de armas. Integra, agora, o grupo de nove magistrados, dos quais apenas três têm ideias progressistas — os restantes são todos conservadores.
Apesar de na cerimónia de apresentação na Casa Branca ter homenageado a sua antecessora, tendo garantindo que as suas opiniões pessoais não vão interferir nas suas decisões — prometendo dar sempre prioridade aos interesses do país — a polémica estalou com a nomeação de Trump.
Assim, foram várias as estrelas de Hollywood que comentaram a escolha de Trump para o Supremo Tribunal. A cantora e compositora Diane Warren chegou mesmo a compará-la à personagem Tia Lydia, da série distópica "Handmaid's Tale".
Alec Baldwin ("Blue Jasmine") afirma que a nomeação é só mais uma escolha do "psicopata" para "destruir a constituição.
Já Sandra Bernhard ("Pose") partilhou uma opinião do "Washington Post" — cujo título é "Conheço a Amy Barret há 15 anos. Os liberais não têm de ter medo" — com uma legenda irónica: "oh não tenho de ter medo? oh ok sinto-me muito melhor!".
Kristen Johnston ("O Terceiro Calhau a Contar do Sol") republicou um tweet que faz referência ao facto de Coney Barret fazer parte do People of Praise, uma aliança em South Bend, no Indiana, conhecida pelo papel "submisso" desempenhado pelas mulheres, algumas das quais são chamadas de "servas" — ou "handmaids". O comentário é curto: "Estamos tão lixadas, senhoras".
Patricia Arquette, a reputada atriz, vencedora do Oscar de Melhor Atriz Secundária pelo seu papel em "Boyhood" e do Emmy na mesma categoria pelo desempenho em "The Act", faz uma publicação sem mencionar o nome da magistrada, referindo-se apenas ao aborto. "As eleições são ganhas pelas margens. Haverá pessoas a votar contra Trump e os republicanos porque se lembram da mãe, irmãs ou amigos que morreram de abortos clandestinos."