Portugal continua em chamas, mas parece que a situação está a acalmar. Na madrugada desta quinta-feira, 19 de setembro, havia nove incêndios rurais ativos, sendo os fogos em Castro Daire, no distrito de Viseu, o que mais meios mobilizava, com 550 operacionais no terreno para combater as chamas, diz o "Diário de Notícias".
Em Castro Daire, o incêndio continua bastante intenso, permanecendo ativo em todas as frentes (são cinco, de acordo com o "Correio da Manhã") e com grandes projeções. Isto fez com que tivessem de ser repostos os meios de combate. Em Arouca, o fogo que deflagrou na terça-feira, 17, tem possibilidade para continuar a progredir, segundo o "Jornal de Notícias".
Os incêndios ativos localizam-se nas sub-regiões do Alto Tâmega e Barroso, na Área Metropolitana do Porto, na região de Aveiro, na Sub-região do Tâmega e Sousa e em Viseu Dão Lafões. Há 60 fogos em fase de resolução, nomeadamente os de Sever do Vouga, Pessegueiro do Vouga, Oliveira de Azeméis, Albergaria-a-Velha e Gondomar.
Até agora, os incêndios que deflagraram no domingo, 15 de setembro, já fizeram sete mortos e cerca de 120 feridos, tendo destruído dezenas de casas e obrigado a cortar estradas e autoestradas. À margem do cenário preocupante, o Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias.
Desde domingo que já arderam mais de 106 mil hectares em Portugal continental – é o equivalente a dez vezes a cidade de Lisboa, diga-se. Contudo, desde o início do ano, os incêndios já queimaram 138.619 hectares, segundo o "Público". Este valor ultrapassa a área ardida nos últimos sete anos.
Autoridades andam atentas aos incendiários
Um homem de 39 anos foi detido esta quarta-feira, 18 de setembro, em Gondomar, no distrito do Porto. O homem, que se encontra em situação de sem-abrigo, foi visto por populares a fazer uma fogueira numa zona de mato, de acordo com o "Correio da Manhã".
A PSP, depois de ter recebido o alerta, dado pelas 16h30 desse mesmo dia, dirigiu-se ao local. Os agentes de autoridade tiveram de apagar o fogo com recurso a garrafões de água. Depois de detido, o homem admitiu o crime, ficou sob custódia e será presente às Autoridades Judiciárias esta quinta-feira, 19.
A par disto, uma mulher de 47 anos encontra-se em prisão preventiva por ser suspeita de seis crimes de incêndio florestal agravado no concelho de Condeixa-a-Nova. Os factos remontam a 12, 13, 15 e 16 de setembro, avança o "Jornal de Notícias", que diz que estão fortemente indiciados.
No primeiro caso, a arguida terá usado um isqueiro para atear fogo à vegetação rasteira num caminho florestal, provocando um incêndio que consumiu cerca de quatro hectares de pinhal e eucaliptal. Nos dias seguintes, a mulher ateou fogo em novos locais: a 13 de setembro, incendiou 42 metros quadrados de pinhal e eucaliptal, e a 15, provocou outro incêndio que destruiu 32 metros quadrados de silvas e mato.