Esplanada à beira-rio, parque infantil para os miúdos, ambiente familiar e boa comida — e uma igualmente ótima sangria. Estão reunidos os requisitos perfeitos para um almoço ou jantar de verão na Doca de Santo, o mais antigo restaurante da Doca de Santo Amaro, em Lisboa, que a MAGG teve a oportunidade de visitar para experimentar alguns pratos bem frescos para a nova estação — e outros que nunca saem de moda.
A Doca de Santo, que pertence ao mesmo grupo do Lat.A, fica logo à entrada das docas e partilha o mesmo espaço com o restaurante sul-americano, sendo a entrada comum (à direita, ficam as maravilhosas caipirinhas de maracujá e o pão de queijo; à esquerdas, as iguarias portuguesas e não só do Doca de Santo).
Com uma sala interior bastante ampla e uma esplanada ladeada de vegetação e com o Tejo ao alcance da vista, bem como a imponente Ponte 25 de Abril, o ambiente de verão pede que se comece por um cocktail. Podíamos ter ido para a clássica imperial, é verdade, mas o Mojito na Doca (7,75€), com rum Havana Especial, hortelã e lima, piscou-nos o olho.
Depois de enganarmos o estômago com o couvert (3,50€), com pão, pasta de sardinha, azeitonas marinadas e manteiga, dividimos a nossa escolha por entradas bem diferentes: o quente do choco frito, tão conhecido da zona de Setúbal (10,50€), contrastava com a frescura do tártaro de atum (11,50€).
Se os dois se debatessem no ringue, a vitória seria sofrida, mas apesar da diferente tempura do choco, mais leve que as habituais, e da gulosa maionese de alho, temos de entregar o cinturão ao tártaro de atum dos Açores, que entra diretamente para o nosso top de tártaros da cidade — quiçá do mundo. Acompanhado por umas tostas ótimas, o peixe não podia estar mais fresco e cortado em cubos generosos que nos permitem mesmo saborear o atum. A marinada ligeiramente picante é perfeita para dar aquele toque extra sem incendiar o palato e o guacamole só eleva o sabor do prato.
Já nos pratos principais, esquecemos o peixe, damos tudo na carne e não temos outra hipótese se não declarar empate técnico. De um lado, o tártaro do lombo (16€), acompanhado de batata frita, estava impecavelmente temperado, com uma emulsão de mostarda de Dijon ótima. Do outro, não resistimos aos clássicos, e tivemos de experimentar um prego do lombo na frigideira (15,50€), com ovo a cavalo e um molho de bife digno das melhores cervejarias. Nota? Bom, quantos 10 é que podemos dar?
Já com o estômago bem cheio, uma sobremesa foi suficiente para fechar a refeição com chave de ouro. O chocolate à Doca de Santo (5€) tem tudo o que os amantes de chocolate precisam ao apresentá-lo em diferentes texturas: mousse, gelado e bolo esponja.
A oferta para os miúdos não se fica pelo parque infantil, onde os mais pequenos podem gastar energias enquanto os pais acabam de comer. A Doca de Santo tem opções para os mais pequenos e, para além da sopa, existem versões kids de bifes de frango com batata frita ou croquetes com arroz thai.
Para além da carta regular, que conta com muitas outras opções como risotto de cogumelos (14,25€), bacalhau à Brás (16€), caril de gambas tailandês (13,95€), polvo assado com batata a murro (18€) e secretos de porco preto (14,95€), entre outras opções, o Doca de Santo também tem várias pratos de almoço a um valor único de 10,95€.
Assim, pode começar a semana com almôndegas thai com legumes, provar o bacalhau com natas e salada mista às terças-feiras e os croquetes com arroz de tomate às quartas-feiras. Segue-se o arroz de pato às quintas-feiras e a semana termina, na sexta-feira, com hambúrguer barrosã D.O.P.
Se visitar o Doca de Santo, tome nota de duas coisas: de quarta-feira a sexta-feira, ao jantar, ainda consegue aproveitar o som ambiente da Roda de Samba do Lat.A (e matar as saudades das discotecas); e não resista a acompanhar a refeição com sangria de espumante e frutos vermelhos (14€/22€). Dica de amiga.