Apesar de a vacina não ser obrigatória, funcionários que recusem a toma e as instituições podem vir a ser acusados por homicídio por negligência, caso algum idoso morra após ter sido infetado com COVID-19 no lar.
A Direção-Geral da Saúde divulgou o boletim epidemiológico desta terça-feira, 22 de junho, referente à evolução do surto do novo coronavírus em Portugal.
Lino Maia pede respeito pelas prioridades e refere que a vacinação prioriza os utentes dos lares, depois, os trabalhadores e, por fim, os "dirigentes ativos" — que só devem ser vacinados em caso de "sobras".
No novo decreto para a regulamentação do estado de emergência, o governo mantém as visitas aos lares, mas prevê que os visitantes possam ser testados à COVID-19.
Amália Duarte, utente de um lar em Lagos, conseguiu recuperar do novo coronavírus. A mulher de 104 anos e mais 13 idosos sobreviveram à COVID-19 na instituição algarvia.
O processo de vacinação contra a COVID-19 nos lares portugueses arranca em duas instituições do concelho de Mação, em Santarém. Entre funcionários e utentes, vão ser vacinadas 112 pessoas.
Em maio, havia 1500 camas ocupadas por "internamentos sociais". A maioria são idosos sem apoio familiar que serão agora integrados em lares e estruturas da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados.
Dos 15 mil profissionais prometidos para reforçar a assistência em lares durante a pandemia, apenas oito mil foram contratados. Maioria em falta são médicos e enfermeiros. Salários baixos dificultam contratação.
A solução para as circunstâncias que a COVID-19 criou nos lares de idosos não é fácil. Mas trouxe à tona a fragilidade do sistema de cuidados a séniores, a incapacidade do Estado em dar um final de vida digno a quem ainda está vivo.
A ministra da Saúde revelou em conferência de imprensa que, no último mês e meio, foram visitados 500 lares para assegurar o cumprimento das medidas preventivas.
Com limite de tempo, visitas e frequência semanal, o regresso dos familiares aos lares é feito com várias restrições e medidas de segurança implementadas pelas instituições.
A culpa é do Ministério da Saúde, acusa o presidente da câmara de Aveiro. Não foram feitos testes a tempo, não chegou material e a tragédia aconteceu. Mas como se chegou a isto? Fomos perceber.