Estamos em 2023, e ainda continuamos a julgar as pessoas pelas marcas que usam, pela qualidade dos brinquedos que levam para a aula, pelos colégios particulares em que andam ou deixam de andar?
Uma juíza do Tribunal da Relação proibiu uma criança de 1 ano de dormir em casa do pai porque está a ser amamentada. Mas será que só a relação mãe-filha é importante para a criança?
Mais uma semana, mais uma intervenção pública de Cristina Ferreira que se tornou viral nas redes sociais (e não pelos melhores motivos). Mas não seria tudo isto evitável?
Há uma confusão muito grande na cabeça de Ronaldo, mas também na daqueles que o defendem e protegem de forma cega. E é preciso que alguém com poder o faça parar e ver o mundo como ele é. Mas quem?
João Paulo Fróis é "professor" de natação. É um adulto. Treina crianças. E achou uma excelente ideia promover uma praxe rapando o cabelo a miúdos. E ainda humilhou e abandonou um que se recusou a aceitar
Há uns meses, convivi com uma mulher destruída por causa de uma suposta piada. A vida dela mudou depois disso. Vale mais uma gargalhada ou a saúde mental de alguém?
Pode parecer inacreditável, mas há realmente alturas em que podemos assumir que atitudes agressivas são provas de amor. O que é que não podemos fazer? Dar esse exemplo em televisão nacional.
Nascida em dezembro de 2019, a minha filha mais nova cresceu numa pandemia e odeia estranhos. A 1 de setembro, começa a creche, e vou passá-la para os braços de uma estranha. E é uma merda.
Dedos amputados por usarem unhas pintadas. Proibição de usarem maquilhagem ou de saírem à rua sem marido ou pai. E a burqa, que pretende reduzir a mulher a um manto com olhos. O que as mulheres afegãs temem com o regresso dos talibãs.
Ao longo do jogo, o comentador da TVI disse que estava tudo tranquilo e controlado. Ri-me. Controlado é tentar fazer uma omelete, ela partir-se e uma pessoa safar-se com ovos mexidos. Uma crónica de quem percebe zero disto.
A fila de espera, o burburinho crescente, a saudade e o longo silêncio durante e pós-filme. Uma crónica sobre o regresso aos cinemas que voltaram a abrir esta segunda-feira, 19 de abril, após a interrupção forçada de três meses.
Assim que António Costa anunciou a reabertura das escolas para 15 de março, todos os pais do País gritaram de felicidade. Todos não, que há quem esteja sempre pronto a apontar o dedo.
Não há tema como a maternidade para nos julgarmos umas às outras. Quanto mais miseráveis estivermos, melhores mães somos. Ou se calhar só precisamos de empatia.
As mães podem cozinhar, limpar, dar banho, ajudar com os estudos e tanto mais, que serão sempre uma mãe. Se o pai faz isto, as mulheres têm tanta sorte. Não, não têm. Tiveram foi discernimento a escolher o parceiro.
"Pessoas gordas são gordas porque não sabem fechar a boca". "Pessoas gordas merecem estar deprimidas". "Pessoas gordas estão mesmo a pedir para ser gozadas". "Pessoas gordas que são felizes estão a promover a morte."
Falar sobre as causas que importam é sempre positivo. Mas há casos em que a superficialidade não é proporcional à sua urgência. É que os direitos das mulheres, a sustentabilidade, a quebra de estereótipos em relação ao corpo parecem um crop top: hoje estão na moda, amanhã podem já não estar.
Também eu me considero um estranho tantas vezes empurrado para um lado e para o outro pela turba dos normais, que me exige que seja feliz de acordo com os seus parâmetros de felicidade e normalidade. O efeito é o contrário.
Esta é uma crónica que podem ler a um menino antes de dormir. Ele vai entender. A gata também pode ler ao gato, e ele vai querer partir-me a cara. Mas no fundo é só um texto sobre liderança.
Em pouco mais de uma semana, a minha filha de 3 anos conseguiu fazer cocó no pé e mandar a casa abaixo por causa da porcaria de um iogurte. Trabalhar assim não é fácil, meus amigos.
São o novo spot mais badalado de Portugal, são o Lux em tempos de COVID: a malta diverte-se, vai para ver e ser vista, encontramos celebridades e o mais provável é sairmos de lá todos bêbados e felizes.