Ao longo do jogo, o comentador da TVI disse que estava tudo tranquilo e controlado. Ri-me. Controlado é tentar fazer uma omelete, ela partir-se e uma pessoa safar-se com ovos mexidos. Uma crónica de quem percebe zero disto.
A fila de espera, o burburinho crescente, a saudade e o longo silêncio durante e pós-filme. Uma crónica sobre o regresso aos cinemas que voltaram a abrir esta segunda-feira, 19 de abril, após a interrupção forçada de três meses.
Assim que António Costa anunciou a reabertura das escolas para 15 de março, todos os pais do País gritaram de felicidade. Todos não, que há quem esteja sempre pronto a apontar o dedo.
Não há tema como a maternidade para nos julgarmos umas às outras. Quanto mais miseráveis estivermos, melhores mães somos. Ou se calhar só precisamos de empatia.
As mães podem cozinhar, limpar, dar banho, ajudar com os estudos e tanto mais, que serão sempre uma mãe. Se o pai faz isto, as mulheres têm tanta sorte. Não, não têm. Tiveram foi discernimento a escolher o parceiro.
"Pessoas gordas são gordas porque não sabem fechar a boca". "Pessoas gordas merecem estar deprimidas". "Pessoas gordas estão mesmo a pedir para ser gozadas". "Pessoas gordas que são felizes estão a promover a morte."
Falar sobre as causas que importam é sempre positivo. Mas há casos em que a superficialidade não é proporcional à sua urgência. É que os direitos das mulheres, a sustentabilidade, a quebra de estereótipos em relação ao corpo parecem um crop top: hoje estão na moda, amanhã podem já não estar.
Também eu me considero um estranho tantas vezes empurrado para um lado e para o outro pela turba dos normais, que me exige que seja feliz de acordo com os seus parâmetros de felicidade e normalidade. O efeito é o contrário.
Esta é uma crónica que podem ler a um menino antes de dormir. Ele vai entender. A gata também pode ler ao gato, e ele vai querer partir-me a cara. Mas no fundo é só um texto sobre liderança.
Em pouco mais de uma semana, a minha filha de 3 anos conseguiu fazer cocó no pé e mandar a casa abaixo por causa da porcaria de um iogurte. Trabalhar assim não é fácil, meus amigos.
São o novo spot mais badalado de Portugal, são o Lux em tempos de COVID: a malta diverte-se, vai para ver e ser vista, encontramos celebridades e o mais provável é sairmos de lá todos bêbados e felizes.
A única forma de sairmos daqui vivos e saudáveis é se a banca e o governo encontrarem forma de adiarem o pagamento de prestações de crédito e as grandes empresas perdoarem o pagamento de serviços de primeira necessidade.
A única pessoa que não parece estar preocupada com o legado familiar é o meu namorado. Mas por mim está ok. É que nem sempre a entrada nos 30 representa o timing favorável.
Portugueses a viver em Wuhan? Continuem por lá. Chineses em Portugal? Está na hora de irem embora. Turistas? Se arriscam a viagem, não voltem. Até quando vamos continuar a ser este tipo de pessoas?
Na nova crónica semanal da MAGG, disserta-se sobre as vicissitudes e atropelos da altura da vida em que se é confrontado com a realidade: já somos "adultos" sem "jovem".
No último dia do ano, foi por pouco que não atropelei uma pessoa. A minha melhor amiga estava a beber vinho sozinha às 19h. Para quando os #honestposts?
As boas mensagens publicitárias conseguem transmitir-nos emoções, mas será que temos o direito de usar doenças para vender? A resposta parece-me tão óbvia.
Uma associação de moradores decidiu ganhar algum protagonismo oferecendo um burro à ativista de 16 anos para se deslocar entre Lisboa e Madrid. Era uma piada? Não me ri.
Alexandre alegadamente enganou celebridades, agências e jornalistas durante anos. Toda a gente sabia quem ele era, tanto que se tornou uma "anedota entre as pessoas do meio".